No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres. Este tipo de câncer pode ser classificado em mais de 20 subtipos e o processo de envelhecimento é considerado um importante fator de risco. Ademais, o diagnóstico precoce em mulheres idosas é desafiador devido a barreiras sociodemográficas e a presença comorbidades. Diante desse fato, o presente trabalho objetivou revisar a literatura científica sobre o câncer de mama na população idosa. Para tanto, foi desenvolvida uma revisão do tipo integrativa, por meio de artigos de reconhecido rigor científico, redigidos em inglês e português. Foram selecionados artigos dos últimos cinco anos, pesquisados nos bancos de dados: Scielo (Scientific electronic library online) e PubMed. De acordo com os artigos selecionados, na população idosa, há uma atenção maior as doenças de caráter crônico, não sendo dada a devida atenção as neoplasias, em especial o câncer de mama, diminuindo assim o diagnóstico precoce. No que refere ao início do tratamento, observa-se uma demora entre a primeira consulta e o começo da terapia adequada, fator diretamente relacionado a progressão da doença. No tocante a adesão tardia à farmacoterapia, destacam-se fatores relacionados a questões socioeconômicas e culturais. O rastreamento precoce é fundamental para a qualidade de vida de mulheres idosas, e a recomendação universal para início do rastreamento gira em torno dos 50 a 69 anos, porém essas estratégias devem considerar dados epidemiológicos locais. No Brasil, há muita desigualdade na infraestrutura de busca do câncer de mama, notando-se considerável diferença entre regiões, a exemplo do Sul e Sudeste, que apresentam melhores dados quando comparados aos do Nordeste. Ao final, apesar de haver muitos artigos sobre o câncer de mama, percebe-se que a maioria não é voltado para o público idoso.