Objetivo: A avaliar o tempo das doenças crônicas não transmissíveis/DCNT e a influência na depressão e na qualidade de vida/QV de pacientes com atendidos na atenção básica do Distrito Federal. Método: Estudo descritivo e exploratório de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em duas Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal, coleta de dados de agosto 2016 a dezembro 2019, amostra n=350, a Qualidade de Vida foi avaliada pelo Short-Form 6 dimensions/SF-6D, e depressão o Inventa?rio de Depressa?o de Beck (BDI). Analise de dados software Package for the Social Sciences (SPSS®). Resultados: A maioria 73,2% foram do sexo feminino, 49,6% aposentados, 55,89% usavam mais de cinco medicamentos por dia e 16,8% usavam insulina. 8,8% eram tabagistas, 7,4% etilistas e 61,5% sedentários. As DCNT por 64,4% tinham Hipertensão Arterial Sistêmica/HAS e Diabetes Mellitus/DM, 48,9 % dos pacientes com HAS não tinham depressão ou era de grau leve quando presente, sendo que 38,5% dos que tinham tempo de HAS >10 anos tinham depressão leve a moderada. Entre os pacientes com DM 46,6% não tinham depressão ou era de grau leve sendo que, 34,7% dos que tinham maior tempo de DM >10 anos tinham depressão leve a moderada. Na avaliação da QV, observou-se que a mediana na amostra total foi 0,789. Uma menor mediana do SF-6D nos pacientes com DM e HAS. Na análise dos domínios de QV, verificou-se que os mais afetados e com maior tempo de doença com HAS e DM foram: capacidade funcional (entre 73,8 a 76,5%), limitação e maiores prejuízos (66,2 a 66,3%) dor (92,3%) nos participantes com HAS e vitalidade (79,6%) no grupo com DM. Conclusão: Este estudo indica relação direta de pacientes com DM e HAS, depressão e diminuição da QV, principalmente relacionados aos hábitos de vida, como tabagismo, sedentarismo e má alimentação. Os aspectos mais afetados foram capacidade funcional e limitação em pacientes com HM e DM concomitantemente.