Um dos grandes desafios para saúde pública é o fenômeno do envelhecimento populacional. Pois, entre os idosos há uma alta prevalência de obesidade e gordura corporal, o que aumenta o risco de acometimentos cardiovasculares e morte prematura. Uma estratégia frequentemente utilizada para rastrear os Riscos Cardiovasculares (RCV) em larga escala, é a utilização de índices antropométricos como a Relação Cintura-Quadril (RCQ) e Relação Cintura-Estatura (RCE) devido a sua fácil obtenção, baixo custo e alta associação com doenças cardiovasculares. Dessa forma, objetivou-se analisar a associação dos índices RCQ e RCE com a gordura corporal. Trata-se de um estudo transversal com 115 idosas de idade entre 60 e 91 anos do Programa de extensão MASTER VIDA (PMV) da Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco. A massa gorda foi mensurada pela absortometria de feixe duplo de raios-x (DEXA). A estatura e a circunferência abdominal foram mensuradas através do estadiômetro portátil e uma fita métrica inelástica. Em seguida foram calculadas a RCQ e a RCE. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. A distribuição de frequência foi utilizada para descrever a prevalência do RCV e a correlação de Pearson para analisar a associação entre RCQ, RCE e Massa Gorda (MG). As análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS 20.0, adotando um nível de significância de p<0.05. A prevalência do maior RCV foi 57.4% (66) para o RCQ e 87% (100) para o RCE. Foram encontradas associações positivas entre RCE e MG (rho = 0,738; p < 0,01) e entre RCQ e MG (rho = 0,221; p = 0,02). Esses resultados corroboram que quanto maior a massa gorda, maior o Risco Cardiovascular.