Introdução: No Brasil as pessoas idosas compreendem o grupo com idade maior ou igual a 60 anos, e esse grupo populacional vêm crescendo no país e no mundo, assim com a incidência de doenças crônicas, como a doença renal. A doença renal crônica (DRC) é a perda gradativa da função fisiológica dos rins e, no estágio final da doença, é necessária terapia renal substitutiva. A HD é um tratamento que consiste em um processo que realiza as trocas de substâncias entre o sangue e o líquido da diálise, removendo toxinas e excesso de eletrólitos e líquidos. O estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de pessoas idosas que realizam hemodiálise visto que a percepção de qualidade de vida apresenta-se interligada a características sociodemográficas e a presença de comorbidades. Metodologia: Pesquisa observacional com delineamento descritivo transversal de campo, aplicada com 40 pessoas idosas em tratamento hemodialítico. Aplicação do questionário de qualidade de vida específico para pacientes em hemodiálise (KDQOL-SF). Resultados: Os pacientes obtiveram uma qualidade de vida satisfatória com média de escore 77,18. A maioria das dimensões analisadas pelo questionário indicaram pontuação acima de 50 pontos de escore, com notas maiores para função cognitiva (75,38 ± 17,52) e suporte social (70,09 ± 12,78). Em relação às outras dimensões houve diferenças significativas entre homens em mulheres, sendo que as mulheres apresentaram escores mais baixos do que os homens. Conclusão: Os principais fatores que impactaram na qualidade de vida das pessoas idosas foram status de trabalho e a carga da doença renal, demonstrando que em ambos os sexos ocorre um impacto na qualidade de vida com a abdicação do trabalho e o peso dos sintomas e da carga da doença na rotina.