Introdução: O envelhecimento é um processo universal que não se dissocia do homem. Já a população em situação de rua pode se tratar de algo transitório, pois é um grupo populacional heterogêneo, complexo, que possui em comum pobreza, vínculos interrompidos e inexistência de uma moradia fixa convencional- habitam momentaneamente em logradouros públicos. Por si só, essa população em situação de rua traz consigo diversos desafios e imbróglios, porém quando associada ao processo de envelhecimento proporciona ainda mais fragilidade. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica a partir da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: Idoso “or” envelhecimento “and” população em situação de rua, obtendo-se 113 artigos. Após aplicar filtros: texto completo e últimos 5 anos, foram obtidos 23 artigos e, após análise pelos critérios inclusivos e exclusivos, restaram 15 estudos. Resultados e discussões: O envelhecimento nessa situação revela aspecto de extrema pobreza, vulnerabilidade e agravamento de fatores de risco que já são comum aos idosos com bons cuidados habituais. Destarte, a fragilidade aparece de maneira mais precoce, com diminuição da resiliência a estressores, proporcionando mais déficits cognitivos, hospitalizações e incapacidades. Apesar de existir um Estatuto do Idoso que deveria garantir a proteção à vida e à saúde por meio de políticas públicas, o que se percebe é a exclusão social e as baixas iniciativas à essa população idosa em situação de rua. Considerações finais: Nota-se que o trabalho assistencialista que busca suprir somente as necessidades fisiológicas dos moradores de rua acabam contribuindo para que permaneçam nesse ambiente e se acomodem na situação que vivenciam. Dessa forma, é sine qua non um trabalho contínuo de educação e de saúde, com profissionais capacitados e com olhar acolhedor e integrador, respeitando as demandas próprias apresentadas por essa população específica, para que assim o envelhecimento não seja mais um percalço.