Atualmente, no Brasil, vem ocorrendo um aumento no índice de doenças crônicas com sintomas que progressivamente reduzem a capacidade funcional do organismo, afetando diretamente na qualidade de vida das pessoas por elas acometidas. Dentre essas, há a Doença de Crohn (DC) que, geralmente, se manifesta entre a segunda e a terceira década de vida e pode atingir qualquer órgão do aparelho digestório. Trata-se de uma inflamação não contagiosa que se estende da mucosa a serosa do órgão atingido e possui etiologia desconhecida. O objetivo do estudo é verificar a repercussão dos sintomas da Doença de Crohn no processo de envelhecimento. Para isso realizou-se uma revisão bibliográfica com base nos artigos científicos indexados no Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Pubmed e BVS- Brasil. A seleção foi realizada por critérios de inclusão como: artigos originais publicados, entre 2018 e 2023 que correspondessem ao objetivo do estudo. Identificou-se que a DC sé uma Doença Inflamatória Intestinal Crônica com períodos agudos frequentemente associados a deficiências nutricionais e, nos pacientes mais jovens, se manifesta com dores constantes e diarreia, devido à maior resistência do organismo ao prejuízo do tecido, diminuindo assim a perda de sangue. Contudo, ao longo do processo de envelhecimento há um detrimento dessa eficácia e os idosos tendem a apresentar a doença predominantemente no cólon, associando-se a menos diarreia e dor abdominal e a mais sangue nas fezes. Para diagnóstico, além dos sintomas citados observam-se alguns achados em exames de imagem, como as endoscopias que exibem inflamação segmentar e ulceração serpiginosa, ultrassonografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética tornando possível identificar a extensão das lesões, presença de estenose ou fístulas. Conclui-se que é necessária maior divulgação dessa patologia a fim de acompanhar as pessoas em seu processo de envolvimento para que tenham uma melhor qualidade de vida.