O delirium é definido como um estado de perturbação da atenção e da consciência, que pode gerar déficit de memória e linguagem, capacidade visuoespacial reduzida e desorientação. Esse processo desenvolve-se em breve período de tempo, e no ambiente hospitalar pode durar cerca de uma semana, mas é possível que os sintomas persistam até a alta. Destarte, as medidas não farmacológicas como a gamificação, surgem como alternativa de cuidado para prevenção do delirium e promoção a saúde. Deste modo, traçou-se como objetivo principal descrever o uso da gamificação com idosos internos no ambiente de UTI e seus impactos. O presente estudo consiste em um relato de experiência didática de natureza descritiva. As atividades foram desenvolvidas em um hospital referência para tratamento de doenças cardiovasculares no município de João Pessoa – PB. Após a implementação dos jogos foi evidenciado que os pacientes mantiveram-se mentalmente ativos, reduzindo as situações de estresse, tempo de internação e uso de sedativos. Também foi perceptível a maior motivação e adesão ao tratamento. Além disso, os profissionais foram beneficiados com a gamificação com o desenvolvimento da habilidade de observar e reconhecer os sintomas de delirium de forma mais eficiente e melhor comunicação interprofissional. Desse modo, a gamificação mostrou-se uma abordagem promissora na prevenção de delirium em idosos internados em terapia intensiva e pode desempenhar um papel importante na estimulação cognitiva, no monitoramento dos sintomas e no engajamento dos pacientes.