Cuidar de alguém constantemente e sem nenhum tipo de apoio pode repercutir negativamente nas funções físicas, mentais e sociais. Objetiva-se apresentar o perfil de saúde física e mental de cuidadores de idosos internados em ambiente domiciliar. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo com corte transversal, realizado com 26 cuidadores de idosos vinculados a uma Unidade Básica de Saúde da cidade de Aracaju, Sergipe. A coleta de dados foi realizada entre janeiro e março de 2023 e incluídos cuidadores formais ou informais, de todas as idades e ambos os sexos. Os instrumentos utilizados foram: Formulário sociodemográfico e do perfil de saúde; Escala de Katz para avaliação da dependência do idoso. Foi utilizada estatística descritiva através do software BioEstat®, versão 5.3. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº 5.807.295. Dos 27 idosos internados em ambiente domiciliar, 70,37% eram do sexo masculino, com média de idade de 83,3 (±10,0) anos e idade mínima de 64 e máxima de 99 anos. Quase a totalidade (96,30%) apresentou um nível muito dependente na escala de Katz. Dos 26 cuidadores entrevistados, a média de idade foi de 53,3 anos (±14,3) com idade mínima de 27 e máxima de 78 anos. 88,46% eram do sexo feminino, 73,08% eram pretos ou pardos, 80,77% possuíam grau de parentesco com o idoso e trabalhavam uma média de 21 (±6,3) horas diárias como cuidador. Sobre o perfil de saúde, 70,37% dos cuidadores referiram apresentar queixas/problemas clínicos, 81,25% possuíam sintomas de ansiedade, no entanto, somente 23,08% já realizaram algum tipo de tratamento e 15,38% faziam uso atual de algum psicofármaco. Apenas 38,46% faziam alguma atividade de lazer. Os cuidadores dos idosos apresentaram prejuízos no perfil de saúde física e mental, por isso, o cuidado a estes deve estar presente nas ações dos profissionais durante a visita domiciliar.