Introdução: A osteoporose é uma doença crônica marcada pela redução da densidade mineral dos ossos e deterioração da microarquitetura óssea. Dentre alguns fatores de risco para a maioria do desenvolvimento da osteoporose, o envelhecimento é o principal pois, ao longo da vida, o indivíduo tem sua densidade mineral óssea reduzida. Não obstante, alguns estudos indicam que o consumo da cafeína também se torna um fator de risco para essa diminuição por apresentar efeitos moleculares nas células de formação óssea, resultando em má absorção/reabsorção óssea. Objetivo: Analisar o acervo científico acerca dos efeitos da cafeína no desenvolvimento de osteoporose em idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que realizou um levantamento das evidências na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os descritores: “Osteoporose" AND “Cafeína”, utilizando os filtros: texto completo; no período de 2013 até 2023, constituindo um corpus final de 21 publicações. Resultados e discussão: As evidências referem que a ingestão moderada de cafeína pode exercer efeitos positivos na saúde humana. Entretanto, o seu consumo em excesso pode promover diminuição da densidade mineral óssea, dificuldade de absorção de cálcio, alteração das respostas à vitamina D e outros impactos negativos. Isso ocorre em razão dos múltiplos efeitos moleculares da cafeína sendo, um deles, o antagonismo não especifico dos receptores de adenosina A 2A e A 2B que induzem a formação óssea, ativando os osteoblastos e suprimindo a diferenciação dos osteoclastos. Dessa forma, a inibição competitiva da adenosina A 2A aos receptores da cafeína impede a formação óssea e reabsorção óssea. Conclusão: Isto posto, percebe-se a necessidade de redução do consumo da cafeína para indivíduos que já apresentam fatores de risco para desenvolver osteoporose e sugere-se mais estudos relacionados à temática, visto que, grande parte das publicações, encontrava-se na língua inglesa e ainda de forma incipiente.