Quando pensamos no ensino de ciências, uma das principais competências para a prática renovadora é o domínio da linguagem científica. Nessa lógica, aprender ciências requer mais do que aprender conceitos de forma isolada, torna-se necessário que os educandos sejam capazes a estabelecer relações entre esses conceitos, tornando-os significativos, e que proporcione momentos de reflexão, posicionamento e influenciando na argumentação e debates em sala de aula. Nesse sentido, o termo argumentar cientificamente vem ganhando um espaço significativo na educação e converteu-se em uma necessidade para todos. Com o intuído dos alunos saíssem da área de conforto e assumissem participação, autônoma e critica na construção do conhecimento sobre temas de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), na presente pesquisa foi proposto um Júri Simulado, com o tema “Aquecimento Global Antropogênico, culpado ou inocente?”, aplicado na disciplina de Química Ambiental, em uma turma do curso de Licenciatura em Química do IFRN, Campus Pau dos Ferros. A proposta metodológica possui caráter qualitativo, tendo como tipo de pesquisa, um estudo de caso. Os resultados se deram mediante os discursos que foram realizados ao longo da atividade. A análise desse momento proporcionou a visualização de diferentes argumentos elaborados pelos próprios alunos. Além disso, verificamos a estrutura construtiva de um argumento. Ademais, foi possível a visualização do processo de alfabetização cientifica. Portanto, percebe-se a importância da utilização de metodologias que estimulem a elaboração de saberes científicos, que por sua vez promovem um conhecimento critico, tendo em vista que boa parte dos alunos conseguiram formular bons argumentos e estimular a construção de outros por meio dos debates, qualificando o estudante como principal autor, pesquisador e personagem do seu próprio conhecimento, em que este, pode manifestar de forma crítica, construiu assim, possíveis soluções para a situação proposta.