O ensino de Língua estrangeira convencionalmente vem sendo negligenciado, apesar de o Inglês assumir papel de língua franca no mundo globalizado da hodiernidade. A Base Nacional Comum curricular prevê que o ensino de Língua Inglesa deve ser pautado em cinco eixos: oralidade, escrita, leitura, conhecimentos linguísticos e dimensão intercultural. Tais eixos devem ser trabalhados de modo a promover um processo de ensino e aprendizagem significativo e devem receber igual atenção por parte dos sistemas educacionais. Frequentemente, no entanto, especialmente no tangente a práticas pedagógicas pautadas no tradicionalismo, se privilegia o eixo dos conhecimentos linguísticos, o que pode constituir uma prática danosa de ensino. A adoção de métodos de ensino tradicionais que focam exclusivamente em aspectos gramaticais em detrimento aos aspectos socioculturais, bem como a falta de motivação docente e discente são fatores que corroboram diretamente com a problemática. Seguindo esse viés, a presente pesquisa bibliográfica visa a analisar a importância das manifestações culturais no ensino de língua inglesa, bem como debater acerca do seu caráter de língua franca. Foram consultadas as teorias de Celani (2002), Siqueira (2012) e Jordão (2007), assim como as habilidades abordadas na Base Nacional Comum Curricular e nos Parâmetros Curriculares Nacionais. A partir da pesquisa, pôde ser constatado que a abordagem cultural é de suma importância para a significação dos conteúdos de língua inglesa, contribuindo também com o fomento do respeito à pluralidade cultural e respeito às diferenças. É esperado que as discussões suscitadas por este artigo possam contribuir grandemente para a melhoria do ensino de língua inglesa e a construção de uma cultura de paz e respeito às divergências socioculturais.