Este artigo apresenta um relato de experiência da turma do 3 º ano do Ensino Fundamental, com quinze estudantes, da Escola Municipal Manoel Maria Caetano, localizada no bairro do Rosário, no município do Cabo Agostinho, Pernambuco. A pesquisa ocorre após o período pandêmico, quando as aulas deixam de acontecer em formato remoto e passam a ser presencial. O objetivo principal desta pesquisa é descrever as dificuldades apresentadas no processo de alfabetização e letramento dos estudantes que passaram dois anos assistindo aulas de forma online, em sua estrutura domiciliar. O presente estudo, partiu inicialmente da aplicação de uma diagnose com intuito de identificar o nível de escrita e leitura dos alunos, no dia a dia da turma foi feito registro diário e etnográfico das vivências e práticas pedagógicas, na última etapa as famílias responderam a um questionário de como ocorreu o acompanhamento da criança no período remoto. Como resultado da observação constatou-se uma difícil realidade, estudantes em diferentes níveis de leitura e escrita. Foi possível identificar, também, que o aluno que participou e realizou as atividades propostas nas aulas não presenciais se encontra em nível alfabético que atende a proposta pedagógica do ano que cursa, ao passo que, aquele que não participou encontra-se em níveis de anos anteriores. Verificou-se que a falta de acompanhamento das famílias junto aos estudantes no período pandêmico, a ausência de material didático apropriado e o não acompanhamento pedagógico sistemático para a docente fora fatores que contribuíram para o retardo no processo de alfabetização e letramento da turma.