Este trabalho analisou alguns planos de leitura e escrita da Argentina, Brasil e Colômbia em vigência, como parte de ações que visam à promoção do direito à educação básica e obrigatória. Foram considerados os seguintes documentos para análise: Argentina - Plano Estratégico Nacional (PEN, 2016-2021) e Plano de Leitura (PL, 2008); Brasil – Plano Nacional de Educação (PNE, 2014-2024), Plano Nacional do Livro e Leitura e Plano Nacional de Leitura e Escrita (PNLL, 2011; PNLE, 2018); e Colômbia – Plano Nacional Decenal de Educação (PNDE, 2016-2026) e Plano Nacional de Leitura e Escrita (PNLE, 2010-2014). Quanto às categorias, considerou-se aquelas apontadas no contexto da Conferência de Jomtien - Education for All (EFA) 1990 que se mantém no horizonte enquanto desafio mundial: qualidade da educação; evasão; alfabetização; distorção idade/série; democratização/ domínio da leitura e escrita e formação de professores. As contribuições da educação comparada crítica e a utilização do software ATLAS.ti fizeram-se imprescindíveis para identificar que os três países apresentam ações articuladas pelos organismos multilaterais – UNESCO (etc.), com singularidades decorrentes do protagonismo e da política nacional; há uma preocupação explícita com a formação de professores, com a promoção do direito à educação, com o domínio da leitura e escrita e demais letramentos. Dados do PISA, 2019 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) evidenciaram que o desempenho em leitura dos alunos tem variado de acordo com a sua origem socioeconômica. Logo, manter, aprimorar e consolidar bons planos constituem-se essenciais, paralelamente às transformações socioeconômicas e estruturais.