Este trabalho tem como objetivo geral conhecer os processos de letramento dos alunos(as) que ingressaram na graduação nos últimos 10 anos. O intuito foi investigar como foram suas experiências de acolhimento e as demais atividades acadêmicas. Acredita-se que ouvir a voz do aluno a respeito das suas demandas no âmbito acadêmico, coopera com ações pedagógicas que colocam em prática os processos de letramento acadêmico que são tão caros ao cotidiano dos(as) alunos(as) da graduação. A metodologia aplicada foi a metaetnografia e entrevistas. Os autores dos textos estudados discutem em suas análises que o letramento está além do conhecimento da língua e dos gêneros textuais. Ou seja, está ligado ainda a aplicação da linguagem nas práticas sociais que os(as) alunos(as) estão inseridos. Porém, o que se percebe nas respostas dos(as) alunos(as) entrevistados(as), neste trabalho, é um foco nas questões de escrita e produção de textos acadêmicos, como se a dimensão da prática social fosse um outro plano que nem tem espaço nas suas preocupações. Nota-se isso, uma vez que, ainda há muito sofrimento no conhecimento do código da língua aplicadas aos gêneros textuais e que as discussões nem chegam do âmbito das funções da linguagem nas práticas acadêmicas. Notou-se que as dimensões que compõem o letramento não são plenamente consideradas e isso tem repercutido em dificuldades na produção dos gêneros acadêmicos e sofrimento emocional.