SOBREIRA, Dayane Nascimento. Sobre o ensino de história e suas paixões. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/7956>. Acesso em: 27/11/2024 23:29
Ensinar História é um desafio. Ensinar, arte tão preconizada pelos gregos. Rapidamente isso passou a ser uma arte desafiadora. Perdeu-se o sentido de uma educação para a alma, da educação que surgiu na condição ontológica de ética. A educação perdeu seu ethos. Como nos diz Platão: “A educação deve propiciar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter”. São esses, fios perdidos. Contudo, não impossíveis de assunção de novos lugares em nossa realidade atual. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo refletir sobre o lugar do professor na contemporaneidade, pensando no seu poder de afetar vidas. Ao mesmo tempo que cartografamos as práticas do professor de História, Paulo Barbosa, na turma de 1º ano B da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Severino Cruz (optamos por trabalhar com nomes fictícios), elaboramos um exercício de pensar o processo educativo que temos, mesclando com nossa concepção sob tais lugares dentre os quais está o professor, o aluno e o relacionamento entre ambos. A metodologia utilizada foi a etnografia, tomada de empréstimo das Ciências Sociais. Valemo-nos de reflexões teóricas de Albuquerque Júnior (2010), Cunha (2011), Gusdorf (2003) e outros para tecer nossa discussão. Assim, a partir da observação das aulas e da prática pedagógica do professor, pensaremos nos preceitos responsáveis por entender um profissional da educação como um bom professor. Só uma educação que preze pela sedução e uma profissão que tenha a paixão como um habitus, poderá (de)formar sujeitos para o tempo que se segue.