DE ACORDO COM A ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, O RELATÓRIO DE GENEBRA/ NOVA YORK, DE 09 DE MARÇO DE 2021, REVELA DADOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE QUE, UMA EM CADA TRÊS MULHERES NO MUNDO (CERCA DE 736 MILHÕES), JÁ SOFREU ALGUM TIPO DE VIOLÊNCIA FÍSICA OU SEXUAL, PRATICADAS POR PARCEIROS ÍNTIMOS OU POR DESCONHECIDOS DAS VÍTIMAS. ESTE ARTIGO TEM POR OBJETIVO TRAZER À TONA, OUTROS TIPOS DE VIOLÊNCIA SOFRIDOS PELAS MULHERES QUE, APESAR DE NÃO SEREM VIOLÊNCIAS FÍSICAS, GERAM DANOS PSICOLÓGICO NAS MESMAS E AINDA SÃO MUITAS VEZES, CONSIDERADAS “BRINCADEIRAS” QUASE NATURALIZADAS E IMPERCEPTÍVEIS, NÃO SÓ PELA SOCIEDADE, MAS TAMBÉM PELAS PRÓPRIAS VÍTIMAS. A PARTIR DE APORTES TEÓRICOS SOBRE DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO E VIOLÊNCIA SIMBÓLICA, A PESQUISA PROBLEMATIZA A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA DE GÊNERO, CARACTERIZADA POR ASSÉDIO MORAL E SEXUAL, TRAZENDO DESTAQUE PARA O SILENCIAMENTO DAS VÍTIMAS, O QUE ACABA CONTRIBUINDO PARA A PERPETUAÇÃO DESSA PRÁTICA. OS INSTRUMENTOS UTILIZADOS FORAM LEVANTAMENTO TEÓRICO E ENTREVISTAS SEMIESTRUTURADAS, REALIZADAS COM MULHERES ESTUDANTES E PROFISSIONAIS, DE UMA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA. A PESQUISA É EXPLORATÓRIA E QUALITATIVA. O MÉTODO É O DIALÉTICO. OS RESULTADOS MOSTRARAM QUE AINDA É GRANDE O MEDO DE FALAR SOBRE O ASSUNTO, FORTALECENDO A CONTÍNUA PRÁTICA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NESSES AMBIENTES. ESPERA-SE QUE A PESQUISA POSSA LEVAR AO DEBATE E À REFLEXÃO, DENTRO E FORA DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E DAS EMPRESAS, AUFERINDO MUDANÇAS DE COMPORTAMENTOS DOS ATORES ENVOLVIDOS NESSAS TRAMAS SOCIAIS, PROPICIANDO AVANÇOS NA IGUALDADE DE GÊNEROS NOS SEGMENTOS EDUCACIONAIS E PROFISSIONAIS.