LIMA, Adenaide Amorim. Relação entre políticas educacionais para o ensino fundamental. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/7906>. Acesso em: 27/11/2024 21:17
O principal objetivo deste trabalho, de cunho bibliográfico, é buscar compreender as justificativas políticas e pedagógicas para a implantação de duas importantes políticas educacionais para o ensino fundamental público no município de Vitória da Conquista-BA: a proposta do ensino fundamental organizada em ciclos e a implementação do projeto de intervenção “roda de alfabetização”. Procurando estabelecer relações, neste trabalho, entre estas duas políticas locais, bem como, com o contexto político educacional em nível nacional. Pois conforme Oliveira (2011) a década de 1990 representa um marco na educação brasileira, principalmente para o ensino fundamental no sentido de engendrar manobras favoráveis para que políticas fossem sendo instituídas com o intuito de corresponder às demandas e expectativas de órgãos de controle externo como a UNESCO e o Banco Mundial, principalmente a partir da nova LDB aprovada em 1996. O ensino fundamental público do município de Vitória da Conquista-BA tem sofrido grandes transformações desde então no que diz respeito às políticas para esse seguimento educacional. Quanto às políticas locais, levantamos a hipótese de que a “roda de alfabetização” tenha surgido para “corrigir” possíveis falhas em decorrência do ciclo. Para investigar estas possíveis relações, analisaremos os principais trabalhos sobre a proposta de ensino em ciclos no município publicados entre os anos 1998-2013, uma vez que sobre o projeto de intervenção “roda de alfabetização” nenhum trabalho científico foi encontrado. A escolha deste período se deu pelo fato de que 1998 foi o ano de implementação da proposta do ensino fundamental em ciclos e em 2013 foi o último ano de atuação do projeto de intervenção “roda de alfabetização”. Para alcançarmos tal objetivo tomamos como base os trabalhos sobre o ciclo como os de Leite (2005 e 2010), Christofari e Santos (2012), Stremel (2013), além de importantes teóricos como Oliveira (2011), Grossi (2004) que apresentaram discussões fundamentais para o aprofundarmos de nossa questão neste trabalho.