VIEIRA, Miancy Eldine Da Silva et al.. A mulher surda e suas relações de gênero e sexualidade. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/6815>. Acesso em: 27/11/2024 23:31
O presente trabalho trata dos desafios que as mulheres surdas geralmente vivenciam, pois as mesmas sentem-se inseguras em relação ás mulheres ouvintes nos seus relacionamentos afetivos. Percebe-se a necessidade de uma consciência inclusiva, pois a mulher surda tem a surdez como mais uma de suas múltiplas identidades. Contudo percebe-se que a sociedade ainda vive seus tabus em relação à mulher surda, não contribuindo para a inclusão da mesma, inferiorizando-a e tornando-a assim mais insegura em relação às demais mulheres. Quanto aos seus relacionamentos afetivos podemos perceber que a insegurança de muitas mulheres surdas é devido à ignorância dos que as veem como mulheres incapazes de manter um relacionamento saudável e sólida, e incapacitada para formar uma família. A metodologia escolhida para desenvolver a pesquisa é de cunho bibliográfico, esta modalidade de pesquisa é feita com base em materiais que já foram criados, nos quais fazem parte destes, fundamentalmente livros e artigos científicos, com base nas referências teóricas, fazendo uma interpretação sobre o tema tendo como resultado motivações e percepções e assim alcançar os resultados, as discussões e as conclusões a respeito do tema tratado, de acordo com a temática os resultados e discussão serão organizados em tópicos, resumindo os conteúdos que estão interligados aos comportamentos, atitudes e que influenciam as mulheres surdas. A mulher surda é vista por olhos preconceituosos como incapaz para o mercado de trabalho, o que a faz sentir, na maior parte das vezes, inútil á sociedade. Não levando em conta que a surdez não a torna incapaz de ser independente e autora de sua própria história. A mulher surda como realmente ela é: Pensante: capaz de refletir sobre o mundo que a cerca. Afetiva: tendo as capacidades de sentir e de relacionar-se tal qual como as demais mulheres. Podendo assim, construir relacionamentos, e família como qualquer outra mulher. Múltiplas identidades: ela pode ser alta, baixa, gorda, magra, vaidosa, inteligente, ativa e etc. Ou seja, ela pode ter defeitos e qualidades que não diz respeito a sua surdez. Temos por objetivo informar e conscientizar a sociedade dos desafios enfrentados e dos tabus que devem ser quebrados e como promover a inclusão da mulher surda na sociedade. Percebeu-se que a mulher surda foi alvo do machismo e do preconceito, simplesmente por não se enquadrar no padrão de “normalidade” que foram estabelecidos, e por isso, foi privada dos seus direitos. Concluímos através desse trabalho a necessidade de que haja o reconhecimento das diferenças, e que a surdez não seja, mas vista como algo que incapacite a mulher de ter uma vida normal, e sim de ter os seus direitos garantidos na sociedade, bem como os seus deveres.