SILVA, Brenda Luiza Patriota Lima E. A ética e a moral no desenvolvimento sustentável. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/6715>. Acesso em: 28/11/2024 01:08
Num momento de profundas transformações no quadro ambiental, é importante relembrar os valores éticos e morais que devem ser mantidos em respeito ao meio ambiente e principalmente para assegurar um desenvolvimento sustentável. Para Aristóteles a ética está relacionada à felicidade, onde o homem deve buscar o que causará o bem. Esta seria uma virtude do homem, e praticá-la em justa medida é um princípio racional. Assim, ao ter ações sustentáveis, o homem de hoje está sendo ético com as gerações futuras. Para agir assim é preciso ainda saber o que é moral, e para tal, temos por referencial, Bentham, onde a moral está baseada no princípio da utilidade, que conduzirá à felicidade, seja ela individual ou coletiva. Os procedimentos utilizados, iniciaram-se a partir da observação da relação entre o pensamento dos filósofos Aristóteles e Jeremy Bentham, onde a ética e a moral têm princípios que conduzem o homem à felicidade, daí vem a relação de que a harmonia com o meio em que se vive também é responsável por tal felicidade, logo, deve-se pensar em desenvolvimento sustentável, já que a felicidade buscada não é a individual, mas sim a coletiva, ou seja, sociedades sustentáveis. Após essa observação, foi feito um levantamento bibliográfico dos autores supracitados, e outros ligados ao meio ambiente, como Marcel e Maria Bursztyn, Antonio Carlos Diegues, entre outros. Para introduzir o tema a ser aqui resumido, temos o conceito de ética: do grego ETHOS, significa modo de ser, forma de proceder, de se comportar em sociedade. Na ética ambiental as ações do homem estão voltadas para a sua morada, a Terra, permitindo que ele conheça melhor a sua função quanto indivíduo, conscientizando-se quanto a sua relação com a natureza, comprometendo-se com a preservação. A moral seria uma arte, por meio da qual direcionaríamos nossas ações, onde o homem mediria a utilidade de suas ações através do nível de felicidade por elas proporcionado. Desta forma, ao interagir com o meio ambiente, modificando-o e extraindo dele o que precisa para sobreviver, o homem deve agir de forma a gerar não apenas a sua felicidade, mas a do maior número de pessoas possíveis. Assim, passaria a utilizar de forma consciente e sem exageros, deixando a ganância e tomando para si somente o necessário, garantindo que as outras pessoas também terão acesso a tais recursos, ficarão satisfeitas e, consequentemente, felizes. A partir do momento que a pessoa tem o discernimento pode ser capaz de julgar as suas ações, podendo inferir se seus resultados trarão bem ou mal aos que convivem com ele em sociedade. Analisando a medida de seus atos, racionalmente, optará por buscar aquilo que lhe fará feliz. Ao menos espera-se. Assim, o discernimento nos apresenta o objetivo e a moral nos faria ter práticas “éticas”, condizentes com os valores imprimidos em nosso caráter. Uma sociedade comprometida ética e moralmente com a felicidade, pensará logicamente na preservação do meio ambiente, pois é direito de todo ser humano ter acesso à este bem imprescindível à sobrevivência e ao bem estar social.