Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO PRESIDIÁRIA

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Por ser uma área de pouco interesse entre os acadêmicos do curso, como futuro campo de atuação profissional e para pesquisas, esse artigo visa dar grande contribuição a área, pois dá subsídio aos acadêmicos do curso de como seria sua prática nesse campo de trabalho; pela falta do olhar dos professores para a educação presidiária, visa contribuir também para uma maior atenção da sociedade e dos docentes para esses indivíduos e aproximá-los mais a esse campo de trabalho. A escola constitui-se como um espaço de formação do indivíduo e foi criada pelo homem com objetivo da socialização do saber sistematizado, a partir dela os alunos buscam valores, conhecimento e uma outra visão de mundo, para além daquilo do seu cotidiano. Além disso, a escola tem como papel principal, segundo a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), contribuir para o desenvolvimento pleno da pessoa, além de qualificá-la para o trabalho e prepará-la para a cidadania, porém, é necessário para que isto ocorra que suas funções sociais sejam cumpridas plenamente. A educação é um direito social de todos previsto na Constituição (1988, art. 6º). Logo, dentro do presídio, deve ser proporcionada aos detentos uma educação de qualidade. A educação básica no presidio é contemplada na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo contempladas no ambiente prisional também a educação profissional e tecnológica, e a educação superior (art. 2º). A educação no sistema prisional é vista como uma das formas de ressocialização do apenado. Cabe a ela auxiliar os detentos na sua volta à vida social. A educação dentro das penitenciárias não é recente e já existia nos anos 60. (TEIXEIRA, 2007). As atividades educacionais acessadas pela população prisional são divididas entre formais e complementares. As atividades formais compreendem alfabetização, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, curso técnico e capacitação profissional, em suas modalidades presencial e à distância. No caso das atividades complementares, são considerados os programas de remição pela leitura e pelo esporte, além de atividades complementares como videoteca, atividades de lazer e cultura. O presente trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa e caráter exploratório acerca do trabalho do professor de educação física dentro da educação presidiária. Foram feitas coletas nas bases de dados digitais, os materiais científicos selecionados foram artigos e monografias produzidas no Brasil e para análise de dados só foram selecionadas as produções cientificas que estavam relacionadas à prática pedagógica do professor de educação física nas prisões, com um recorte temporal de 2011 a 2014. Após a seleção do material, os mesmos foram lidos, seguindo os cinco passos de leitura do material definidos por Gil (2002), sendo inicialmente feita uma leitura exploratória, para verificar em que medida as obras se relacionavam com a pesquisa, depois uma leitura seletiva com o objetivo de definir os materiais de interesse para a pesquisa, na sequência, uma leitura analítica para analisar os textos que foram definidos para a pesquisa e por fim uma leitura interpretativa com o intuito de relacionar as afirmações dos autores com o problema para qual se propõe uma solução. O material cientifico encontrado que aborda a discussão sobre a educação física dentro do contexto da educação prisional foi escasso. Isso era de se esperar pela forma de rejeição e pouca relevância que tem esse tema pelos acadêmicos de educação física e até pelas autoridades responsáveis pela educação no país. Os trabalhos científicos que abordam sobre o tema da educação/escola no presidio não possuem uma história longa, a respeito desse tema as discussões são muito recentes, partindo principalmente do início do século XXI, embora a legislação garanta que a educação no sistema prisional é obrigatória há algum tempo. Os materiais científicos que foram encontrados sobre a discussão sobre essa problemática destacam, não com muita clareza, o papel do professor de educação física neste campo, que, aliás, é pouco estudado e aprofundado pelos acadêmicos do curso. Ficou compreendido que a educação física no contexto da educação prisional é vista como processo de educação em saúde e lazer, através das vias formais e não formais, pois, promove uma educação efetiva para a saúde e uma ocupação saudável do tempo livre no cárcere do condenado/aluno, tornando-se assim um meio para a conquista do estivo de vida ativo, que quebra com a realidade do ambiente prisional, favorecendo assim uma melhor qualidade de vida uma maior possiblidade de locomoção dos presos. No que tange ao trabalho do professor de educação física nas escolas dentro do contexto prisional o que é encontrado na maioria das vezes não tem como foco a prática docente em si, e sim, as atividades físicas, as oficinas, projetos que esses profissionais desenvolvem dentro desses ambientes, deixando claro que, a educação física é tida como uma atividade educativa não formal dentro das escolas no cárcere, diminuindo sua importância enquanto atividade educativa formal. Isso evidencia que o trabalho desenvolvido pela educação física nesses ambientes se dá mais em forma de oficinas, projetos e programas ligados ao esporte, saúde, lazer e outros conteúdos. Cabe ressaltar aqui, que segundo o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) dentro do educação presidiaria há atividades educativas formais (escola básica, ensino técnico e profissional) e a não formais (videoteca, atividades de lazer e cultura) e a educação física encaixa-se então dentro do contexto do lazer. Portanto, tanto os acadêmicos de educação física quanto as instituições formadoras, devem estar mais atentos a esse campo de trabalho, dando uma atenção maior a respeito, a fim de tirar a invisibilidade que tem a educação no cárcere, isso também pode contribuir para que surjam mais trabalhos científicos desenvolvidos com esse tema, servindo para enriquecer a área de conhecimento, e tirar a ideia de que a educação física tem somente como campos de trabalho escola e/ou academia, pois, mesmo configurando-se como escola, a educação prisional é distinta da educação básica nas escolas normais. Palavras-chave: Escola, Educação Prisional, Educação Física, Professor Referências GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo : Atlas, 2002. LOUZANO, Luiz Gustavo Foregatto. Educação Física dentro das prisões - um desafio. Maringá, 2014. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, Departamento Penitenciário Nacional. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO PRESIDIÁRIA Ivanilton Carneiro Oliveira [1]/ivaniltonoliveira74@gmail.com/UEFS. Prof.ª Dr.ª Suzana Alves Nogueira de Souza [2]/suzanaufba@hotmail.com/UEFS. Eixo Temático: Cidadania, Direitos Humanos e Interculturalidade - com ênfase na educação em direitos humanos, na superação da violência e da indisciplina nas escolas, em suas diferentes formas de manifestação. Resumo Este trabalho busca compreender como se dá o trabalho do professor de educação física na educação presidiária. Tem como objetivo principal identificar como o professor de educação física vem desenvolvendo seu trabalho na educação do sistema prisional, além de entender a escola dentro da unidade prisional. A aproximação por esse tema se deu a partir de uma palestra num componente curricular do curso, sobre educação presidiária, o que me deixou curioso para conhecer e pesquisar sobre tal tema. 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Além disso, a escola tem como papel principal, segundo a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), contribuir para o desenvolvimento pleno da pessoa, além de qualificá-la para o trabalho e prepará-la para a cidadania, porém, é necessário para que isto ocorra que suas funções sociais sejam cumpridas plenamente. A educação é um direito social de todos previsto na Constituição (1988, art. 6º). Logo, dentro do presídio, deve ser proporcionada aos detentos uma educação de qualidade. A educação básica no presidio é contemplada na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo contempladas no ambiente prisional também a educação profissional e tecnológica, e a educação superior (art. 2º). A educação no sistema prisional é vista como uma das formas de ressocialização do apenado. Cabe a ela auxiliar os detentos na sua volta à vida social. A educação dentro das penitenciárias não é recente e já existia nos anos 60. (TEIXEIRA, 2007). 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