Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

ATELIÊ DE HISTÓRIAS: REFLEXÕES SOBRE A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E O USO DE RECURSOS NUMA PERSPECTIVA LUDOPEDAGÓGICA

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Sisto (2015, p. 32) destaca esta antiga prática humana e atribui importante papel ao seu ressurgimento: "[...] contar histórias hoje significa salvar o mundo imaginário." Pereira (2017, p. 938) afirma que "a literatura infantil leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma participativa e prazerosa, além de ser fundamental para o desenvolvimento social da criança". A contação de histórias é uma prática cultural utilizada por muitos professores, pois contribui desde o desenvolvimento da imaginação, capacidade de ouvir o outro e de se expressar, à construção de identidade e a afetividade, estimula a oralidade e o potencial crítico (PEREIRA, GOMES, 2014). Rodrigues (2005) ressalta que a contação de histórias transcende o imaginário e o real. Defendemos que, para dar vida aos personagens e cenas das narrativas o professor pode usufruir da modulação da voz e de diversos recursos lúdicos, objetos concretos assemelhados ao brinquedo, que funciona como uma ponte entre o imaginário e o real. O Grupo Palavra Encantada fundamenta-se nos estudos sobre as práticas de contar histórias e reflete sobre como os recursos podem contribuir para melhorar as narrativas instaurando uma ordem mágico-poética capaz de levar as crianças a uma suspensão temporal (SISTO, 2015) e os adultos em formação ao desbloqueio do imaginário. O Grupo Palavra Encantada é um projeto de extensão da Faculdade de Educação de Itapipoca, da Universidade Estadual do Ceará, cujo objetivo é formar professores suficientemente narradores. Uma de suas criações foi o Ateliê de Histórias que segue um formato de apresentação de narrativas que podem inspirar professores em suas práticas pedagógicas. Este trabalho objetiva relatar as experiências desenvolvidas nos Ateliês de Histórias e expor os diversos recursos lúdicos produzidos e utilizados pelos bolsistas do projeto. A metodologia caracteriza-se como um relato crítico-reflexivo sobre o Ateliê e o uso dos recursos. Fundamenta-se em Sisto (2015), Patrini (2005), Moraes, (2012) e Rodrigues (2005), entre outros. O Ateliê é um evento de apresentação simultânea de narrativas. Seu objetivo é partilhar práticas narrativas com professores em formação inicial, com aqueles que já exercem a docência e também com as crianças. Nele, o espaço é organizado em ambientes denominados "ilhas narrativas", exposição de livros de literatura infantil, fantasias, adereços e múltiplos recursos à disposição dos visitantes, para seu manuseio e livre exploração. Cada "ilha" é delimitada por tapetes coloridos, nos quais apresentam-se os narradores que fazem uso dos recursos lúdicos. Na ocasião, os participantes são convidados a sentarem em semicírculo e partilharem a experiência narrativa. Esta inclui uma etapa de expressão oral de suas impressões e da exploração dos recursos e livros cujas temáticas ou personagens estão associadas à história contada. Os recursos que compõem o ateliê foram produzidos pelos bolsistas e coordenadora do projeto utilizando diferentes materiais, desde produtos industriais como E.V.A, lã, fitas, cartolinas, até materiais reutilizados, como caixas de papelão, garrafas pet, entre outros. Um pedaço de papelão e alguns retalhos de E.V.A transformaram-se em uma galinha, pequenas pedras e chumaços de algodão viraram ovelhinhas e uma caixa de sapato passou a ser um baú de tesouros. Um grande sapo com sua bocarra foi criado a partir de uma caixa de latas de óleo. Uma cabaça pintada se tornou uma linda menina com laço de fita na cabeça. Meias velhas viraram coelhos e bolas de boliche. Todos estes recursos podem ser confeccionados facilmente por professores e alunos, estimulando a criatividade, tanto no momento de sua produção quanto na utilização. Com a experiência nos Ateliês de histórias pudemos ratificar o quanto práticas que fomentem a leitura literária são importantes, sobretudo em espaços de formação de professores. Pudemos também observar que os visitantes coproduziam as narrativas ao tempo em que influenciavam as decisões do narrador, alteradas a cada público itinerante, suscitando mudanças em suas entonações ou expressividade (MORAES, 2012). Por outro lado, o manuseio dos recursos, como elemento do ato de criação das narrativas e fruto do reconhecimento de suas potencialidades, favoreciam a coparticipação ao provocarem a expressão de emoções através do riso, brilho nos olhos ou ar indagativo dos interlocutores. Mesmo silenciosa, esta cumplicidade revelou-nos uma condição de jogo associada aos recursos. Ao entrarem no encadeamento da narrativa oral, estes provocavam os ouvintes a aceitarem, por exemplo, que pedaços de papelão coloridos fossem ovos de galinha, impondo inesperadamente a ativação de seu repertório cotidiano e ficcional, desrespeitando suas fronteiras. Os ouvintes mostraram-se bastante envolvidos e curiosos em relação aos recursos utilizados pelo grupo indagando sobre sua confecção e materiais. Alguns puderam refletir sobre essas práticas e apontaram a possibilidade de levá-las para sala de aula como garantia do direito das crianças de usufruírem da literatura infantil através da leitura ou da contação de histórias. Para nós, bolsistas extensionistas, vale ressaltar que o ato de contar histórias exerceu também papel fundamental para pensarmos nossa formação como formadores de leitores. Acreditamos que, ao oportunizarmos aos ouvintes o contato direto com os livros e de sentirem e ouvirem narrativas de uma forma mais lúdica, mais prazerosa e intensa, nós os convocamos a tornarem-se amantes da literatura e, consequentemente, bons leitores. Distanciados da fogueira e das noites que aconchegavam ouvintes para se entrelaçarem às histórias, pudemos competir, em nosso tempo e espaço, com "as imagens prontas e as palavras frouxas que não acendem a imaginação" (SISTO, 2015, p.23) e, desta feita, cremos que saímos vencedores. Palavras-chave: Ateliê de histórias, Recursos lúdicos, Literatura infantil, Contação de histórias. Referências MORAES. Fabiano. Contar histórias: a arte de brincar com as palavras. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. PATRINI, Maria de Lourdes. A renovação do conto: emergência de uma prática oral. São Paulo: Cortez, 2005. PEREIRA, Keithy Rubia de Andrade; GOMES Edson José. Contação de histórias: Uma ferramenta no incentivo à leitura e à escrita. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, 2012. Curitiba: SEED/PR., 2014. V.1. (Cadernos PDE). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

ATELIÊ DE HISTÓRIAS: REFLEXÕES SOBRE A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E O USO DE RECURSOS NUMA PERSPECTIVA LUDOPEDAGÓGICA Eliziene Sousa Vasconcelos [1] /email: lize.vasconcelos@aluno.uece.br /Universidade Estadual do Ceará Camilly Costa Barbosa [2] / Universidade Estadual do Ceará Thaís dos Santos Nascimento [3] /Universidade Estadual do Ceará Ana Luisa Nunes Diógenes [4] /Universidade Estadual do Ceará Eixo Temático: Processos de ensino e aprendizagem- com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes Resumo A contação de histórias é uma arte que encanta pessoas, independentemente da idade. Com seus enredos, as narrativas nos permitem, através do poder encantatório das palavras, mergulhar no mundo de fantasias estimulando a nossa imaginação. Entretanto, com o surgimento das novas mídias, esta prática oral esteve ameaçada, ressurgindo no século XX, particularmente no espaço das bibliotecas, como atesta Patrini (2005). Sisto (2015, p. 32) destaca esta antiga prática humana e atribui importante papel ao seu ressurgimento: "[...] contar histórias hoje significa salvar o mundo imaginário." Pereira (2017, p. 938) afirma que "a literatura infantil leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma participativa e prazerosa, além de ser fundamental para o desenvolvimento social da criança". A contação de histórias é uma prática cultural utilizada por muitos professores, pois contribui desde o desenvolvimento da imaginação, capacidade de ouvir o outro e de se expressar, à construção de identidade e a afetividade, estimula a oralidade e o potencial crítico (PEREIRA, GOMES, 2014). Rodrigues (2005) ressalta que a contação de histórias transcende o imaginário e o real. Defendemos que, para dar vida aos personagens e cenas das narrativas o professor pode usufruir da modulação da voz e de diversos recursos lúdicos, objetos concretos assemelhados ao brinquedo, que funciona como uma ponte entre o imaginário e o real. O Grupo Palavra Encantada fundamenta-se nos estudos sobre as práticas de contar histórias e reflete sobre como os recursos podem contribuir para melhorar as narrativas instaurando uma ordem mágico-poética capaz de levar as crianças a uma suspensão temporal (SISTO, 2015) e os adultos em formação ao desbloqueio do imaginário. O Grupo Palavra Encantada é um projeto de extensão da Faculdade de Educação de Itapipoca, da Universidade Estadual do Ceará, cujo objetivo é formar professores suficientemente narradores. Uma de suas criações foi o Ateliê de Histórias que segue um formato de apresentação de narrativas que podem inspirar professores em suas práticas pedagógicas. 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