Este artigo é fruto de uma pesquisa, em andamento, na educação infantil sobre a diversidade afrobrasileira, motivada pela preocupação com a prática docente referente à temática, visto que, o educador na escola é o responsável pela mediação e construção da autonomia e identidade da criança afrobrasileira. Tem por objetivo investigar e refletir sobre a função do profissional da educação infantil, partindo das relações etnicorraciais para a construção da identidade. A metodologia da pesquisa é descritiva e exploratória, do tipo etnográfica. Serão usadas como técnicas para coleta de dados a observação e entrevistas, em duas escolas públicas rurais do município de Queimadas, na Paraíba. Tomaremos como referência de estudo os documentos oficiais: a LDB, PCN, RCNEI, DCN para a Educação das Relações Etnicorraciais para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana e a Lei 10.639/03 que torna obrigatório nas escolas públicas e particulares do Brasil o ensino da História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Os resultados iniciais revelam que há preconceito dentro das duas instituições escolares, porém é disfarçado, como ocorre na sociedade. Concluímos que é necessária uma formação para o corpo docente. Pois, acreditamos que a partir de um processo de construção de respeito à diversidade etnicorracial, social e cultural haverá uma mudança mais significativa desde a mais tenra idade, em que trará um ganho imensurável de auto-estima das crianças negras, além da contribuição positiva no processo de construção da identidade.