Sabemos que a educação é um processo que se dá através da sociedade, sendo que uma pessoa desenvolve sua personalidade, suas percepções, sua intelectualidade a partir do contato que tem com o meio social em determinado contexto. A escola, por sua vez, possui um papel primordial frente à educação intencional, desde que esta seja desempenhada com base nos parâmetros estabelecidos pela Lei, em relação à qualidade de ensino, igualdade de condições de acesso e permanência, liberdade e respeito à pluralidade. Porém, percebemos que ainda hoje a educação brasileira, na prática, pouco volta seus olhares para as minorias segregadas, às quais nos referimos aqui aos alunos com deficiência. Muito se é falado sobre a educação especial, porém, a educação inclusiva no ensino regular, na maioria das vezes, é encarada pelos profissionais apenas como o ato de inserir o aluno na sala de aula, sem que haja nenhum preparo e trabalho adequado às necessidades especiais do mesmo. Desse modo, buscamos no presente trabalho analisar: como está se dando a implementação das leis voltadas para a inclusão da pessoa com deficiência, neste caso da surdez, no ensino regular e na Educação Especial do município de Camalaú-PB? Assim, temos como objetivo analisar os impasses existentes entre o que está posto na lei e as reais condições de legítimo acesso à educação escolar através de um estudo de caso de uma aluna surda do município de Camalaú-PB, matriculada no 9º ano do Ensino Fundamental do Centro Educacional Professora Odete Maciel Firmo.