Em meio a tantas obras, tornou-se precário a mão de obra na construção civil, dessa forma, uma cena nunca antes visto, há algumas décadas, começou a fazer parte desse cenário, a presença de mulheres trabalhando na execução das obras. Apesar dos avanços no mercado de trabalho da construção civil, os problemas ainda se tornam existentes quando se fala em preconceito e até mesmo na falta de oportunidades por parte das mulheres nesse setor. Foi realizado uma pesquisa em campo com obras diferenciadas, conforme o tipo de construção. Escolhemos uma obra de construção pesada e duas do ramo de edificações consideravelmente mais leve (construção convencional e condomínio residencial). Na realização das edificações observou-se ter a presença feminina (pedreiras e serventes), na realização de limpeza da obra e rejunte de cerâmica. As obras civis não são muito reconhecidas como ambiente de trabalho para o sexo feminino. Acreditamos que esse setor precisa de uma reformulação de ideia em relação as relações de gênero, ao levarmos em consideração os aspectos sociais, histórico e cultural. Os principais problemas enfrentados foram: falta de mão de obra qualificada, assédios sexuais e as marcas da divisão sexual no ambiente de trabalho. Portanto, os canteiros de obras são sim lugares para a atuação profissional das mulheres, contudo, reconhecendo das suas necessidades físicas para a realização das atividades e que essas mudanças possam ocorrer para que possam exercer sua profissão de uma forma mais digna e longe de quaisquer conflito social e cultural, tornando-os cada dia novos desafios.