O presente trabalho almejou entender o processo de inserção de uma criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) na Educação Infantil analisando os paradigmas da integração e inclusão. Assim, objetivamos entender como a concepção de inclusão/integração influenciava na ação da professora, e como essas ações proporcionavam (ou não) a inclusão desse sujeito na escola, para tal nos embasamos em: Chiote (2015), Mantoan (2015), Orrú (2008, 2010, 2012) e Sassaki (2010). Foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa e longitudinal, através da observação participante de maio a setembro de 2017 - utilizando os instrumentos de diário de bordo e entrevista estruturada no início e final da pesquisa - em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) na cidade de Garanhuns, na turma do Infantil II - manhã - com 20 crianças, dentre essas uma estava dentro do espectro, além da professora regente tinha uma apoio que a auxiliava no processo de inserção da criança com deficiência na sala. Ao longo da pesquisa, observamos que a professora Maria compreendia as especificidades do autismo e que mesmo sendo o primeiro ano com uma criança TEA em sala, a mesma tinha ações que tornavam a sala de aula inclusiva, proporcionando a todas as crianças a construírem aprendizados e experiências necessárias nessa fase da vida. Todavia, a inclusão não era percebida nos outros espaços da escola. Acreditamos que a escola é um dos espaços mais importantes na construção social do sujeito e deveria garantir a todos um ambiente harmônico e de aprendizado integral.