Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre as estratégias utilizadas por docentes dos anos iniciais do ensino Fundamental no Município de Araruna com alunos autistas e as principais dificuldades no processo de inclusão escolar, com vistas a contribuir para que os professores re-pensem os procedimentos utilizados em sala de aula, na intenção de guiar e estimular os alunos, oportunizando-lhes uma aprendizagem significativa, partindo de suas potencialidades. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa e o ponto de partida da investigação foi a observação ativa da pesquisadora enquanto formadora de um curso ofertado pelo sistema Municipal para profissionais do magistério; o acompanhamento destes professores que gerou as reflexões aqui dispostas deu-se através de visitas in loco, relatórios docentes durante o curso e depoimentos da rotina escolar, estabelecendo percepções que se articulam aos instrumentos para coleta de dados. Assim, realizou-se uma entrevista semiestruturada, tendo como sujeitos da pesquisa uma amostra de cinco professoras, cujos relatos descrevem as dificuldades encontradas no processo de ensino e aprendizagem dessas crianças. Também se fez uso de pesquisa bibliográfica, centrada na concepção de alguns autores e documentos que norteiam o tema em questão. Os resultados mostram que as estratégias pedagógicas utilizadas tanto pode favorecer quanto minimizar a participação na escola, esta última certamente compromete a interação e a aprendizagem dos alunos com TEA. E que a inclusão não deve ser apenas um desafio do professor, mas de toda a escola. Os autistas têm peculiaridades, atitudes e maneiras de aprender diferentes, logo, incluí-los é um compromisso de todos.