O apontamento do diagnóstico oncológico na vida de um paciente pode ser devastador, contribuindo para a degradação da qualidade de vida do mesmo. É necessário que o paciente tenha um bom acompanhamento tanto da família quanto de profissionais qualificados para fazer com que o impacto da doença seja reduzido e assim estimule o mesmo a lutar pela vida. Ademais, existem vários tipos de câncer, no entanto quando diagnosticado o câncer de mama nas mulheres, estas terão uma repercussão mais negativa, pois além das consequências naturais do processo oncológico, haverá repercussões depreseativas na sua autoimagem, contribuindo para uma baixa autoestima, depressão, declínio da vida sexual, isolamento e até mesmo a perda da vontade de viver. Assim, analisando uma paciente do sexo feminino, 68 anos de idade, casada, aposentada, do lar e em pleno processo de envelhecimento, se enquadrando como uma idosa, diagnosticada com osteoartrite e ainda com histórico de câncer de mama, já curado, e por esse fato, verifica-se um universo de comportamentos atípicos quanto ao atendimento fisioterapêutico. Nesta patologia a fisioterapia propõe uma melhor qualidade para a vida da paciente estimulando sua convivência com os sintomas típicos tais como: dor, encurtamentos musculares, rigidez articular e edemas localizados. A paciente foi atendida na Clinica Escola de uma Instituição de Ensino Superior Pública, inicialmente foram tratadas as queixas principais, no entanto a mesma não apresentava somente os sintomas da osteoartrite, a mesma apresentava também características típicas de um individuo com processo oncológico mesmo estando curada do câncer, revelando desta forma, algumas variações psicológicas que ficaram presentes na vida da paciente. Tais variações são: mudanças de humor, baixa autoestima, isolamento social, face triste, medo constante da morte e inatividade funcional para muitas atividades da vida diária. Outras variantes observadas no tratamento eram próprias do processo do envelhecimento, a qual a paciente estava inserida em que corroborava com alguns dos aspectos observados no processo oncótico. Devido às incapacidades funcionais advindas da osteoartrite e as variações psicológicas, o tratamento fisioterapêutico tornou-se mais complicado, por algumas vezes a paciente não colaborar muito com os procedimentos bem como a não realização das orientações para os exercícios domiciliares. Com relação a osteoartrite, a paciente evoluiu satisfatoriamente , no entanto, houve queixas de dores frequentes durante os atendimentos o que sugeria uma necessidade de atenção constante. Para tanto, foi proposto um acompanhamento psicológico, com o intuito de ‘reduzir’ essas variantes para que o tratamento fisioterapêutico obtivesse resultados mais consolidados e viabilizasse a sua inserção em atividades que lhe proporcionassem uma melhor qualidade de vida.