INTRODUÇÃO: O considerável aumento no número de idosos é notório na interpretação das pirâmides etárias e já é afirmado como um fenômeno global que traz como implicação a necessidade de adequação dos serviços de saúde para atender as necessidades desses clientes. Atentando para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), constatamos que este crescimento da população idosa implica no aumento da incidência de IST que ascendeu consideravelmente nessa faixa etária nos últimos anos. OBJETIVO: Analisar na literatura as evidências mais relevantes sobre a abordagem das IST na terceira idade. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática de Literatura nas bases de dados LILACS, MEDLINE e CAPES no período de Fevereiro a Abril de 2013 com os descritores “Infecções sexualmente transmissíveis” e “idoso”. Após análise crítica e reflexiva dos trabalhos por meio de um formulário estruturado, chegamos a uma amostra final de 22 publicações distribuídas entre artigos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Os dados receberam tratamento qualitativo e foram armazenados sob forma de tabela com auxílio do programa Microsoft Office Word 2007. RESULTADOS: As evidências mostram ser uma temática ainda pouco discutida na literatura, principalmente quando tratamos das publicações nacionais. Com relação as IST, evidenciou-se que a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS) bem como o contágio pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) foi uma forte tendência nos achados predominando em todas as publicações que não abordavam as outras IST. Os temas relativos aos portadores de HIV aparecerem com maior frequência dentre os quais se destacaram o perfil epidemiológico de idosos portadores da AIDS e o conhecimento da população idosa acerca da doença o qual muitos estudos coincidiram em afirmar a precariedade das informações com relação a contágio e prevenção relatadas pelo público-alvo. CONCLUSÃO: O uso do preservativo ainda é apontado como a principal forma de proteção contra as inúmeras IST e seu incentivo deve fazer parte da rotina dos profissionais de saúde nas atividades de promoção à saúde sendo prioritário desconstruir o paradigma cultural que não existe abordagem da sexualidade na terceira idade investindo em pesquisas que levantem a problemática sugerida. É importante que conceitos sejam repensados enxergando os idosos como um grupo também vulnerável à contaminação pelas IST encontrando na educação em saúde uma estratégia de promoção do envelhecimento ativo e saudável.