Introdução: O envelhecimento populacional é uma conquista social, que, além de representar uma contribuição para a família e a sociedade, significa o desenvolvimento econômico de um país. O idoso tem merecido atenção especial com este fenômeno, pois o processo de envelhecer saudável implica cuidados de promoção, prevenção, educação, intervenção. Assim, a enfermagem tem o papel fundamental na assistência, educação em saúde e formação de recursos humanos, por serem ferramentas utilizadas para se promover saúde. Diante do aumento da longevidade de vida e de vários fatores causais da vulnerabilidade da pessoa idosa. O termo vulnerabilidade é um construto multidimensional entendido como um processo de estar em risco para alteração na condição de saúde, resultante de recurso econômico, social, psicológico, familiar, cognitivo ou físico inadequado. Objetivo: investigar com base na literatura nacional o papel da enfermagem frente à vulnerabilidade social da pessoa idosa. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, da literatura, utilizando-se de pesquisas em periódicos dos últimos dez anos. Sendo consultadas as bases de dados LILACS e BDENF e utilizando os descritores: vulnerabilidade social, idoso e enfermagem. Os mesmos foram cruzados de forma combinada: ‘vulnerabilidade social’ e ‘enfermagem’, deste cruzamento obtiveram-se apenas quatro artigos, dos quais não foram selecionados nenhum, por não atenderem ao objetivo do estudo. Ao combinar ‘enfermagem’ e ‘idoso’ foram encontrados quinze artigos, no entanto, somente oito atenderam ao objetivo do estudo. RESULTADOS: Foram encontrados vários fatores relevantes, dentre os quais, o ano de publicação, merecendo destaque os anos de 2006 e 2011, com 22,22% (2) cada um. Em relação aos periódicos nos quais foram publicados os estudos selecionados, a maioria era proveniente da região sul e sudeste do país, sendo todos da área de enfermagem. Com relação à análise do conteúdo, verificou-se que resgatar o cuidado humano, torna-se essencial para os profissionais de saúde, principalmente quando se trata de cuidado à pessoa idosa. Resultados: O que se pode observar é que ainda existem profissionais de enfermagem que não estabelecem uma relação social com os clientes idosos, limitando-se provavelmente ao assistir as necessidades físicas, como exemplos: higiene, curativos, prevenção de úlceras de decúbito e alimentação. Um dos motivos para que a relação social e consequentemente o cuidado seja negligenciada, são o cumprimento de rotinas diárias e a agitação do mundo moderno fazendo com que os idosos sejam muitas vezes ignorados e tratados com desrespeito aumentando ainda mais a vulnerabilidade deste grupo etário. As interações para as ações de cuidado podem e devem resultar em gratificações mútuas, ao sentir-se gratificado pela ação desenvolvida, o profissional volta a cuidar na busca de novo reconhecimento, reforçando assim seu modo de agir. Conclusão: Percebe-se que a uma sobrecarga e a mecanização do trabalho da equipe de enfermagem leva a visualização do idoso como objeto que recebe o cuidar, quando na verdade, este precisa ser reconhecido como sujeito no processo de cuidar em enfermagem, sendo considerado em seus aspectos biopsicossociais.