O envelhecimento populacional é um relevante fenômeno mundial bastante discutido atualmente, que vem promovendo avanços em várias áreas. Porém tem colocado para os gestores públicos e para a sociedade diversos desafios, que precisam ser vencidos para garantir qualidade de vida ao grande contingente de idosos que passaram a fazer parte da população. Dentre eles a atenção à saúde ao idoso frágil. A fragilidade é uma síndrome clínica muito frequente em idosos com idade mais avançada. Não possui uma definição consensual, mas é reconhecida como um constructo multifatorial, envolvendo fatores físicos, funcionais e sociais. Desta forma este estudo tem o objetivo de caracterizar os idosos, segundo os aspectos socioeconômicos e demográficos e descrever o estado de fragilidade de idosos que residem na comunidade. Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo transversal, realizada em João Pessoa/Paraíba, Brasil, com a participação de 131 idosos frágeis. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevista no domicílio dos idosos, no período de abril a junho de 2011, utilizando um roteiro estruturado para variáveis sociodemográficas: idade, sexo, cor da pele, estado civil, renda familiar, escolaridade e arranjo familiar. O estado de fragilidade avaliado a partir da Edmonton Frail Scale – EFS. A análise dos dados foi realizada calculando-se as medidas de distribuição (média, desvio-padrão, frequência absoluta e frequência relativa), considerando as variáveis de interesse para a caracterização dos participantes do estudo. O projeto foi apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba (Processo N° 806/10), em 14 de dezembro de 2010. Os resultados demonstraram que a maioria dos idosos eram do sexo feminino (74,0%), com idade acima de 80 anos (32,1%), analfabeto (29,8%) e 1 a 4 anos de escolaridade (22,1%), renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (31,3%) e maioria vivia em arranjo trigeracional (32,1%). O estado de fragilidade mais frequente entre os idosos foi o aparentemente vulnerável a fragilidade (45,8%). Os resultados mostraram que os idosos apresentaram características que devem ser considerada na elaboração de projetos intersetoriais envolvendo a área de saúde, educação, no sentido de prevenir a fragilidade, promovendo a condição de autonomia e independência do idoso.