Introdução: Doenças cardiovasculares são responsáveis por, aproximadamente, 30% dos óbitos no Brasil. Escore de Framingham (EF) é recomendado para avaliar o risco de um evento coronariano em 10 anos. As pressões sistólica (PAS), diastólica (PAD) e a de pulso (PP) são estabelecidas como importante preditores de risco cardiovascular (RCV), principalmente em idosos. PP pode ser obtida indiretamente pela diferença entre PAS e PAD. Objetivos: Comparar a PP e o EF como preditores de RCV em idosos hipertensos. Metodologia: Em 2010, realizou-se um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Campina Grande, que selecionou 43 idosos hipertensos de até 79 anos, assistidos por UBSF de Campina Grande-PB e que tinham em seus prontuários informações necessárias para calcular EF. Os participantes assinaram espontaneamente o TCLE. A faixa etária escolhida obedece ao EF (válido até 79 anos) e tem comportamento semelhante da Pressão Arterial (PA): PAS (aumenta ao longo da vida) e PAD (aumenta até 55-60 anos, quando tende diminuir lentamente). EF estratifica o RCV como baixo (<10%), médio (10–20%) e alto (>20%). Aferiu-se PA dos participantes em 3 momentos distintos, seguindo recomendações VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. PAS e PAD final (utilizadas para obter PP) resultou da média aritmética das 3 aferições. PP foi considerada alongada a partir 50mmHg. Utilizou-se EpiInfo 2000 para análise de dados. Resultados: A média de idade foi 70,44±6,29 anos. 36,4% (n=16) eram homens, 63,6% (n=27) mulheres. PP média foi 52,09±12,59, sendo que 69,7% (n=30) apresentaram PP alongada (PPa &#8805; 50). Dos 43 pacientes selecionados, 70,45% (n=31) tiveram alto RCV pelo EF; 23,25% (n=10) baixo RCV e 2 pacientes RCV intermediário. 70% com baixo RCV pelo EF tiveram também PP normal. 55,8% dos hipertensos tiveram PP alongada e alto RCV (n=26), sem prevalência de sexo. Os de risco intermediário tiveram PPa. PP e EF mostraram RCV concordantes em 76,7% da amostra. Conclusão: PP e EF mostraram RCV concordantes na maior parte da amostra, corroborando com a literatura que os estabelece como preditores de RCV. A maior concordância foi entre os de baixo e intermediário RCV, nos quais este estudo sugere que a PP e EF devem ser associados para determinar RCV, pois, se divergirem, sugere-se uma melhor investigação para RCV, já que pode haver RCV subestimado pelo EF ou uma PP superestimada.