Os atuais resultados das avaliações diagnósticas da Educação Básica brasileira evidenciam que grande parte dos alunos apresenta baixo nível de proficiência em relação à Matemática. Sabendo que parte desse problema é atribuída à má formação de professores e que os porquês matemáticos são de fundamental importância no processo de ensino e aprendizagem da matemática, o presente trabalho tem por objetivo analisar se os estudantes de Licenciatura em Matemática estão aptos a responderem os porquês matemáticos dos alunos da Educação Básica, os quais em geral estão ausentes das aulas de matemática. O estudo foi desenvolvido à luz das contribuições de Lima (1982), Lorenzato (1993), Moriel Junior e Wielewski (2013) e Barbosa (2011) que questionam o fazer matemático na busca de significado através da investigação de porquês matemáticos. A pesquisa de abordagem qualitativa e quantitativa foi desenvolvida com 32 alunos dos 1º e 8º períodos do curso de Licenciatura em Matemática de uma Universidade Pública de Petrolina/PE, utilizando-se de questionário misto, como instrumento de investigação, que abordou sobre alguns porquês matemáticos de caráter conceitual e convencional. Os possíveis resultados apontaram para como os graduandos lidam com os porquês matemáticos da Educação Básica e mostraram que é significativo o número de graduandos que iniciam o curso sem conhecer a justificativa desses porquês e, embora esse número diminua no decorrer da formação, há um grande quantitativo de futuros professores que não sabem responder a questionamentos matemáticos básicos. Apesar de não saberem responder, ou responderem incorretamente esses questionamentos, mais de 90% dos licenciandos reconhecem a importância dos porquês matemáticos no processo de ensino e aprendizagem e que o ensino da Matemática não é preocupar-se apenas com habilidades de cálculo, é necessária uma preparação docente aprimorada, para que os docentes consigam lidar com os questionamentos da Educação Básica.