Apresenta-se reflexão sobre os conceitos de concreto e de abstrato analisando como são concebidos no processo de ensino de Matemática. Usaram-se bases teóricas da Filosofia da Matemática, da Educação e da História da Matemática. Os dados foram coletados com entrevistas aplicadas a um grupo de professores em atuação. Ficaram evidenciadas concepções, sobre tais conceitos, próximas das do senso comum, sem evidências de promoção de relação dialética entre eles. Os docentes consideram que a maioria dos objetos matemáticos estudados na Educação Básica são representáveis por objetos concretos e que o processo de representação é fundamental para a compreensão dos conceitos. Sugerem-se outras concepções para o concreto e para o abstrato, defendendo-se que a concretude e a abstração de um objeto não só depende dos aspectos sensitivos, mas, da realização de um processo de ensino pautado numa relação dialética entre o concreto (material ou cognitivo) e o abstrato.