Os solos da caatinga, geralmente são pouco desenvolvidos, pedregosos, rasos e com baixa capacidade de retenção de água, e baixa fertilidade. O crescimento das plantas é diretamente afetado pela fertilidade dos solos e pode ser aumentado com a incorporação de resíduos orgânicos aos solos. A incorporação do resíduo orgânico de tanque de peixes foi testada em plantas jovens de Aspidosperma pyrifolium Mart (A) e Spondias tuberosa Arr. Plantas com apenas um par de folhas verdadeiras foram transplantadas para rizotrons, contendo seis proporções do resíduo (0, 10, 20, 30, 40 e 50%) misturado com solo de caatinga. Ao final do experimento (65 dias para Aspidosperma pyrifolium e 42 dias para Spondias tuberosa) foram mensurados a biomassa das folhas, caules e raízes bem a razão raiz: parte aérea. As plantas de Aspidosperma pyrifolium tiveram um maior incremento nas taxas biomassa de folhas, caule e raízes e a menor razão raiz: parte aérea no tratamento com 10% de resíduo orgânico. Em Spondias tuberosa, somente os tratamentos de 20 e 30% apresentaram incremento na biomassa de folhas, caule e raízes, já com relação a razão raiz: parte aérea houve uma diminuição linear em todos os tratamentos, com exceção do 10%. De acordo os resultados desse estudo, é possível inferir que as plantas dos tratamentos de 10% para A. pyrifolium, e 20 e 30% para S. tuberosa apresentaram um maior investimento em biomassa de folhas, caule e raízes e uma menor razão raiz: parte aérea, o que mostra um maior investimento de biomassa na parte aérea. A incorporação de resíduos orgânicos pode auxiliar nas taxas de sobrevivência de mudas usadas para recuperação de áreas degradadas de Caatinga.