Nos últimos anos têm-se observado um aumento gradual no preço do petróleo determinado pela redução da oferta prevista para médio e longo prazo, aquecimento global ocasionado pelo acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera e as questões geopolíticas. Esses fatos são realidades que impulsionam o desenvolvimento de processos industriais à base de matérias-primas renováveis. Uma alternativa seria a produção de licor glicosídico, proveniente da celulose dos materiais lignocelulósicos, para produção de etanol de segunda geração a partir da fermentação desse licor. As fibras da palma forrageira apresentam-se potencialmente como matéria prima para a produção de bioetanol, por ser um material composto basicamente de celulose, hemicelulose e com baixo teor de lignina e, uma alternativa sócio-econômica para as regiões semi-áridas do Nordeste, uma vez que, essa cactácea é resistente ao solo e condições climáticas dessa região. No presente trabalho foi realizada uma caracterização físico-química da palma forrageira que forneceu os seguintes resultados: possui 37,34±3,96% de celulose, 10,88±2,96% de hemicelulose e 3,36±0,32% de lignina. Foi realizada uma hidrólise ácida usando como ferramenta um planejamento fatorial 23 onde as variáveis controladas foram: temperatura, concentração do ácido e razão entre massa seca e volume de ácido e glicose como variável resposta. Operando nas seguintes condições: temperatura de 140ºC, concentração de ácido de 3% e razão de 1/9 obteve-se aproximadamente 8,9 g/L de glicose.