As criações de ovinos têm sofrido redução no desempenho produtivo devido às condições de estresse por calor, fazendo com que os animais não produzam de forma eficaz devido ao desconforto térmico. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a tolerância ao calor em ovinos das raças Somalis, Morada Nova e ½ Doper + ½ Somalis, avaliando o índice de tolerância ao calor, a fim de verificar se os animais são adaptados às condições climáticas, e qual genótipo está mais bem adaptado. Foram utilizados 30 ovinos, sendo 10 da raça Somalis, 10 da raça Morada Nova e 10 mestiços ½ Doper + ½ Somalis, todos machos não castrados, totalizando três tratamentos (raças) com dez repetições cada. Os animais tinham aproximadamente 150 dias de idade, peso vivo inicial médio de 25 kg, confinados, distribuídos em baias individuais. O índice de tolerância dos animais ao calor foi estimado pelo teste de Baccari Júnior e Benezra, no espaço de três dias ensolarados consecutivos, onde foram mensurados os parâmetros fisiológicos: temperatura retal (TR) e frequência respiratória (FR). As médias das temperaturas retais obtidas antes do estresse (TR1) e após o estresse (TR3) foram aplicadas na fórmula do Índice de Tolerância ao Calor (ITC). As três raças em estudo mostraram estar bem adaptadas ao clima semiárido, pois todas apresentaram ITC elevados e semelhantes. A raça Morada Nova apresentou melhor adaptação em relação as outros animais em estudo, indicada pela menor ativação do sistema respiratório para dissipação do calor absorvido, assim como menor coeficiente de tolerância ao calor (CTC) encontrado entre as raças.