O objetivo deste estudo é apresentar as visões de velhice e as Teorias do envelhecimento (biológicas, psicológicas e sociológicas), relacionando-as com uma perspectiva humanística, baseando-se na classificação abordada por Jeckel-Neto (2002), Cunha (2002), Neri (2002), Siqueira (2001, 2002). A metodologia utilizada neste estudo foi de cunho qualitativo por meio de uma revisão bibliográfica sobre as seguintes temáticas: velhice, Teorias do envelhecimento, mudança de mentalidades e qualidade de vida. No que se refere às Teorias biológicas do envelhecimento, Jeckel-Neto e Cunha (2002) afirmaram que antes do século XX, o estudo da longevidade e do envelhecimento situou-se no campo da Biologia, sendo tratados como temáticas secundárias pela Genética, Bioquímica e Fisiologia. No que se refere à perspectiva das Teorias Psicológicas do envelhecimento, Neri (2002) afirmou que esta visão defendeu a interrupção do desenvolvimento após a adolescência, contribuindo para situar a velhice como uma fase da vida em que não deveria haver investimentos, por parte dos psicólogos. As Teorias sociológicas do envelhecimento, de acordo com Siqueira (2002) permitiu compreender o envelhecimento e a velhice a partir de aspectos individuais e sociais, enfocando as condições de vida dos idosos a partir do lado macrossocial, defendendo que eles criam significados sobre o seu envelhecimento. A partir do entendimento de tais classificações pode-se afirmar que a noção de velhice e envelhecimento foi se aprimorando conforme as mudanças sociais ocorridas ao longo do tempo, uma vez que as vertentes meramente biológicas e psicológicas não foram suficientes para interligar, nos dias atuais, conhecimentos e reflexões teóricas antes vistas como dissociadas, a exemplo da relação entre idosos, inclusão social e qualidade de vida. Isto requer desenvolver estudos sociológicos, possibilitando entender as diversas problemáticas que se relacionam com a velhice de forma humanística.