O presente trabalho pretende analisar o Curso de Economia Doméstica em Bananeiras/PB como local de uma educação moderna conservadora (1955-1959). O aporte da Nova História Cultural possibilita o desenvolvimento de estudos como este, uma vez que dá importância a novos objetos de investigação, ao trazer à tona a voz de indivíduos antes renegados pela História Tradicional. Como fundamentos metodológicos, estamos a utilizar a memória como fonte historiográfica, memória evidenciada em fontes documentais existentes no arquivo da instituição e na fala de educadoras do referido curso. O referencial teórico escolhido para o presente trabalho está baseado em: Roger Chartier (1991), o qual auxiliará na compreensão do conceito de representação; Dominique Julia (2001), o qual auxiliará na compreensão do conceito de cultura escolar; Frago e Escolano (2001), os quais auxiliarão na compreensão do conceito de espaço escolar como um local de subjetividades, permeados por discursos, indo além da materialidade [...]; dentre outros/as autores/as. Conhecer o Curso de Economia Doméstica, tem nos possibilitado compreender uma parte da história da educação da cidade de Bananeiras, marcada pelos colégios existentes, as práticas escolares, com características de uma cultura escolar da época, impregnada pelas questões de gênero que definiam espaços e atitudes “adequadas” a homens e mulheres daquele contexto. Dessa forma, esse estudo, contribuirá com o Estado da Arte que está sendo desenvolvido em História da Educação, acerca das práticas escolares de instituições paraibanas, particularmente o Curso de Economia Doméstica no Colégio Agrícola Vidal de Negreiros, colaborando também para a escrita da história da educação local.