Este artigo tem por objetivo abordar a importância dos valores civilizatórios afro-brasileiros e a partir destes, destacar a corporeidade e ludicidade, dando ênfase à importância da formação da identidade negra na escola, visto que a construção desta se dá na interação com o outro, seja no ambiente educacional, na família, ou em qualquer outro espaço social. Estes valores são decorrentes do processo de formação do Brasil, em que o povo africano, em condições hostis, teve participação fundamental. Ao longo da história, os valores civilizatórios permaneceram, todavia, não são valorizados nas escolas. Assim, fazemos parte do grupo dos que entendem a importância desses valores estarem presentes no cotidiano escolar, principalmente a partir da obrigatoriedade proposta pela Lei 10.639/03. Para tanto, buscamos fundamentos nas concepções de autores como Brandão e Trindade (2010), Munanga; Gomes (2006), Cavalleiro (2003), que trazem subsídios para discutirmos acerca deste tema. Utilizamos, no procedimento metodológico, a pesquisa bibliográfica e web-gráfica, fato proporcionado pelo repertório de pesquisas já existentes sobre a temática. Deste modo, constatamos que apesar das contribuições dos africanos e seus descendentes brasileiros na construção histórica do nosso país, essa população ainda é desvalorizada e vítima de uma sociedade racista e estereotipada. Logo surge a necessidade de redescobrir seus valores para que então possam ser reconhecidos como parte fundamental da nossa história e do nosso ser brasileiro. Dessa forma, a meta é que este trabalho possa contribuir para que o processo na escola contemple os elementos culturais afro-brasileiros, imprescindíveis para uma formação cidadã, feliz e auto positivada.