O presente artigo trata-se de um relato de experiência, no Campus Universitário Avançado Dom José Maria Pires – Serrotão, durante o ano de 2015. Sendo fundado pela Universidade Estadual da Paraíba, este Campus oferece possibilidades de ressocialização para os detentos no presídio do Serrotão, no município de Campina Grande. Entre os projetos, destaca-se o Curso de Extensão Pró-Enem, no qual estivemos como monitora. Partindo da experiência adquirida, propomos analisar as contribuições que o Campus Universitário Avançado Dom José Maria Pires tem oferecido para os detentos do presídio do Serrotão. O artigo tem como objetivo geral, perceber a partir do relato de experiência, a necessidade de projetos sócio-educativos para a população encarcerada, haja vista, a vulnerabilidade do sistema prisional brasileiro. Para a realização desta pesquisa, foi necessário recorrermos a Lei de Execução Penal (LEP), a fim de entendermos as categorias de assistência que devem ser asseguradas àqueles que estão em processo privativo de liberdade. Entre elas, destacamos a assistência educacional, isso porque, somente a educação é capaz de gerar os meios para que os indivíduos integrem-se novamente a sociedade. Foram analisados autores como Lemgruber (2006), Vargas (2006), Shecaira (2006) e Julião (2014). Estes fizeram-nos perceber que a pena aplicada pelas autoridades jurídicas implica apenas a privação de liberdade, e não obstante a privação da dignidade humana e de seus direitos. Nesta perspectiva, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) através do Campus Universitário Avançado Dom José Maria Pires, abre os portões do Presídio do Serrotão para práticas alternativas de ressocialização da comunidade encarcerada.