Mesmo com o surgimento de novos arranjos familiares na contemporaneidade, as relações de parentalidade continuam sendo permeadas por situações de conflito, haja vista, o conflito ser inerente a toda relação humana. O presente artigo busca compreender o impacto da mediação de conflitos na promoção da saúde mental, na comunicação e bem-estar familiar. Trata-se de pensar a proposta das práticas autocompositivas inanimadas, bem como as técnicas utilizadas na Mediação de Conflitos como instrumento de trabalho do psicólogo, no contexto da Saúde Mental de Famílias nas Políticas Públicas de Saúde. Acredita-se que essa proposta torna-se pertinente à medida que a Estratégia de Saúde da Saúde se consolida no exercício profissional do psicólogo junto ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família. A Mediação de Conflitos, no contexto familiar caracteriza-se como um método informal de resolução de controvérsias, podendo ser utilizado como uma via de promoção de diálogo e facilitação da comunicação, a fim de proporcionar o bem estar entre os membros do contexto familiar, promovendo assim saúde mental entre pais e filhos. O conflito familiar pode ser mediado através do uso de técnicas prevenientes desse instrumento, tais como: Recontextualização ou Reenfoque, Audição de Propostas Implícitas, Afago (ou reforço positivo), Silêncio, Sessão Privada ou Individual, Inversão de Papéis, Geração de Opções (Formulação de perguntas), Normalização, Organização das questões de interesse, Enfoque Prospectivo, Teste de realidade, Validação de sentimentos e Chuva de ideias. Conclui-se que a mediação de conflitos possui um caráter auxiliar na facilitação do diálogo familiar, bem como uma ferramenta de resolução nas questões de divergências dentro deste contexto.