RESUMO: A demência pode ser conceituada como o declínio progressivo e global da memória, com associação ao déficit cognitivo. Se tratando da população geriátrica, esta afeta cerca de 5% dos idosos aos 65 anos de idade e provoca impactos em várias áreas da vida, incluindo o trabalho, relacionamentos pessoais, saúde psicológica e alterações da capacidade de autocuidado. A partir disso, o presente estudo tem o objetivo de realizar uma revisão da literatura científica sobre a demência e sua influência na capacidade de autocuidado do idoso e a relação desta com a qualidade de vida. Métodos: Esta revisão constitui-se em um levantamento bibliográfico realizado por meio das bases de dados LILACS, SciELO e MEDLINE. Resultados: Foram selecionados 12 artigos que tratam sobre a qualidade de vida e o autocuidado de idosos com demência. Discussão: A demência é uma doença muito comum na população idosa e está relacionada à perda da independência, afetando a realização de atividades de vida diária, o autocuidado, e assim contribuindo para uma má qualidade de vida do idoso. Conclusão: A demência não compromete apenas o sistema motor do paciente, mas provoca alterações cognitivas que podem estar presentes logo no início da doença. Essas alterações podem progredir com o avançar do tempo, trazendo consequências na capacidade de independência do indivíduo. Dessa forma, constatamos que a perda da independência tem papel importante, principalmente no que se refere aos idosos com demência, pois determina um déficit no autocuidado que está diretamente ligado à qualidade de vida do idoso.