O envelhecimento populacional produziu importantes mudanças no perfil das enfermidades, e nas últimas décadas tem sido observado um aumento na magnitude das neoplasias malignas. Estudos que avaliem a utilização de medicamentos são de extrema importância para a promoção do uso racional de medicamentos e elaboração de terapêuticas mais seguras e eficazes na detecção de RAM, como preconizado na Política Nacional de Medicamentos e no Programa de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. Um conceito central subjacente da neuropsicofarmacologia é o de que os fármacos que influenciam o comportamento e melhoram as condições funcionais dos pacientes com doenças psiquiátricas ou neurológicas agem aumentando ou reduzindo a eficácia de combinações especificas das ações dos transmissores sinápticos. Sem sombra de duvidas, é um dos recursos terapêuticos mais utilizados na atualidade, não só no tratamento dos transtornos mentais, mas também no dia a dia da prática médica em geral. Neuropsicofármacos classificam-se em: depressores, estimulantes e seletivos para o SNC, psicolépticos, antipsicóticos, ansiolíticos, hipnóticos, psicoanalépticos, antidepressivos, pscioestimulantes, euforizantes, alucinógenos, normalizadores psíquicos estão entre os medicamentos mais utilizados em todo o mundo. Devido ao potencial de ação dessa classe farmacológica, é necessária uma monitoração mais detalhada do seu uso em pacientes idosos oncológicos hospitalizados, pois seu uso inadequado e sem o profissional farmacêutico causara sérios danos, como reações adversas a medicamentos e interações medicamentosas agravando a situação clínica do paciente. O trabalho possui como objetivo principal, o estudo do uso de neuropsicofármacos em pacientes hospitalizados na Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande – PB. A pesquisa foi realizada através de uma abordagem transversal e quantitativa em pacientes hospitalizados na Clínica Oncológica da FAP, constituído por uma amostra de 27 pacientes e estavam utilizando neuropsicofármacos no período de execução da pesquisa. Não houve discriminação de idade, gênero, raça ou condição social. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um formulário farmacoterapêutico especificamente elaborado para o estudo. Dos 27 pacientes internados na Clínica Oncológica, 56% corresponderam ao sexo feminino, e estavam sob o uso de neuropsicofármacos. Entre os diagnósticos mais prevalentes, a Neoplasia de Próstata foi o primeiro 43%. Com relação ao uso de Neoropsicofármacos, o Tramadol foi o mais utilizado, com 43%. Atrás vem o Plasil, antiémetico que possui como reações adversas a sonolência, e devido a isso, é classificado como neuropsicofármaco. Dentre as principais associações, o uso de Amitriptilina e Dimorf. O uso de analgésicos opióides com Antidepressivos tricíclicos aumenta o risco de convulsões. Com relação às reações adversas, 49% dos pacientes tiveram reação ao medicamento. O cansaço, com 28% foi a mais registrada. Deve-se atentar para uma avaliação adequada no momento da prescrição e dispensação de medicamentos, sendo que os neuropsicofármacos possuem uma grande importância na clínica. O envolvimento de um farmacêutico clínico na equipe eleva a qualidade do serviço, sem ingerências sobre as competências multiprofissionais.