INTRODUÇÃO: As inúmeras mudanças decorrentes do processo de envelhecimento, seja de origem física, psíquica ou social, vivenciadas pelo idoso, podem ser expressas como ameaça à sua manutenção psicossocial, constituindo-se fatores estressantes capazes de desencadear respostas comportamentais e neuro endócrinas na tentativa de adaptação aos eventos estressores.O estresse é uma resposta do organismo a um estímulo que modifica a homeostasia. Os estímulos que podem quebrar a homeostase são classificados em agudos e crônicos, este ocorre quando os estímulos atuam de maneira continua e aquele acontece quando os estímulos incidem de maneira brusca.OBJETIVO: Possibilitar o conhecimento acerca da percepção do estresse em um grupo de idosos assistidas na Universidade Aberta à Maturidade (UAMA) Campina Grande/PB e na Clinica Escola de Fisioterapia da UEPB. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, dos acadêmicos do curso de graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraíba, construído a partir da realização de uma palestra de educação em saúde promovida na UAMA acerca do estresse na população idosa, como parte das aulas práticas do componente curricular Fisioterapia em Geronto – Geriatria. Utilizou-se a Escala de Estresse Percebido ( EEP) para avaliar o estresse entre esses idosos, por meio de 14 perguntas diretas sobre sua vida e a visão deles para com a vida. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A população foi composta por 30 idosos, sendo 15 da Universidade Aberta a Maturidade e 15 da Clinica Escola de Fisioterapia. Aplicou-se a EPP para avaliar o estresse entre esses idosos, semanas antes da realização da palestra. Inicialmente foi proporcionado o acolhimento às mulheres, utilizamos a exposição oral para abordar os temas acerca do estresse como: sua definição, sinais e sintomas e quais principais alterações o estresse acarreta para o organismo como um todo, bem como sua prevenção. Observamos através da EEP que, a maioria desses idosos se encontraram na sessão pouco estressado, constituindo um total de 68%, enquanto os demais formaram um total de 32%. A pergunta em relação a frequência do estresse na vida do idoso foi escolhida para ser avaliada separadamente por ser bastante pertinente ao assunto, assim percebeu-se que 42,85% dos idosos entrevistados se sentiam nervosos e estressados “as vezes”, o que evidencia que a maioria deles em algum momento do seu dia-a-dia se encontra estressado provavelmente devido a problemas familiares, financeiros, de saúde ou com outras causas. CONCLUSÃO: Apesar de vivermos num mundo extremamente estressante muitas vezes não prestamos atenção na proporção desse estresse no nosso organismo, mas percebemos o quanto ele nos é prejudicial em nossas vidas. Em síntese, é necessário que os fatores estressores sejam enfrentados com calma, coragem para enfrentar o conflito, determinação para resolver problemas e bom humor. Programas com equipes multidisciplinares envolvidos nos processos de melhoria na qualidade de vida do idoso têm um papel fundamental para o enfrentamento e a redução do estresse.