O envelhecimento tem sido uma característica da população brasileira, ele guarda nuances e diferenças entre público masculino e feminino. Não trabalho, solidão, saúde, afetividade e sexualidade são alguns dos recortes que podemos tomar ao analisar o envelhecimento da população. Tais olhares mantém estreita relação com a qualidade de vida desse grupo de pessoas. Se por um lado o tempo disponível para ‘curtir’ a vida após a etapa produtiva se avizinha, também é verdade que outras questões ganham mais espaço: tempo pra ‘ficar/cuidar’ dos netos e despesas com saúde. Mas como se processa isso com o publico masculino gay? O que a sociedade pensa, faz, propõe para esta parcela da população? Como ela vive? Onde vive? Em que medida o envelhecimento dos gays tem motivado um olhar diferenciado dos setores públicos – saúde, assistência social, gerontologia – na prevenção do aprofundamento destes recortes como forma de preservar a qualidade de vidas das pessoas? Este trabalho pretende iniciar uma conversa sobre o envelhecimento do homossexual masculino na terceira idade. Desse modo, utilizaremos como ferramentas de analise o estado da arte mais recente para refletir sobre uma amostra de dados coletados com sujeitos cuja relação esta concretizada na amizade, no campo de trabalho mais próximo e nas amizades dos pares do campo de trabalho. A principio o interesse priorizaria homens com 40 anos ou mais, todavia o interesse pessoal de alguém com menos de 40 anos em participar da coleta não é impeditivo já que em tese a velhice pode ser acessada por qualquer sujeito.