A dependência física e o déficit cognitivo, que podem estar presentes nos idosos, dificultam a realização de atividades básicas da vida diária e autocuidados, sendo necessário o auxílio familiar. O presente trabalho tem por objetivo analisar a capacidade cognitiva e funcional de idosos em corresidência e que moram sozinhos. Trata-se de um estudo analítico, descritivo, e de base domiciliar, em que foram coletados dados de idosos cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família de Vitória da Conquista-BA. A associação entre dependência funcional e corresidência foi testada por meio do teste de Qui-quadrado, e em todas as análises o nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Os resultados mostraram que houve uma prevalência de 92,5% de idosos independentes para Atividades Básicas da Vida Diária entre os corresidentes. Identificou-se também a associação entre a dependência funcional e o arranjo familiar dos idosos, permitindo inferir que a maior parcela de idosos dependentes para as Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD’s) eram de idosos que moram sozinhos (78,6%). Apesar de existir uma maior parcela de idosos com demência entre os que residem sozinhos (57,1%), não houve significância estatística sobre este resultado. A partir dos resultados encontrados, torna-se fundamental que mais pesquisas investiguem a influência dos diferentes arranjos familiares sobre as condições de saúde física, funcionalidade e estado cognitivo.