Os pacientes idosos são os principais consumidores e os maiores beneficiários da farmacoterapia moderna. Quanto maior o número de medicamentos administrados aos pacientes, maior a probabilidade de erros, o que afeta sobremaneira a população de idosos e pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Neste contexto, este estudo teve por objetivo avaliar e caracterizar as informações contidas nas prescrições medicamentosas dos usuários da UTI adulto de um hospital universitário. O estudo foi do tipo transversal, com abordagem quantitativa, realizado no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), localizado no município de Campina Grande – PB, durante o período de junho e julho de 2015, com coleta de dados referente aos meses de janeiro a março de 2015. Foram incluídas no estudo as prescrições dos idosos internados na UTI do referido hospital, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos. Os dados obtidos foram coletados de prescrições digitadas, originais, que apresentaram mais de um medicamento, sendo selecionada apenas a prescrição de admissão do paciente, uma vez que a repetitividade de prescrições ocorre nestes casos de internação. As informações contidas nas prescrições foram avaliadas de acordo com os critérios do Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos, proposto pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente – ANVISA, que regulariza as informações que devem conter as prescrições de acordo com os grupos de variáveis. O estudo está vinculado ao trabalho submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do referido hospital com parecer n° 42979714.0.0000.5182. Do total de 716 prescrições avaliadas do mês de janeiro a março de 2015, foram identificadas 20 prescrições de pacientes idosos, selecionadas de acordo com os critérios de inclusão, das quais 10 eram do sexo masculino e 10 do sexo feminino, apresentando uma média de idade entre os pacientes de 72,8 (±11,11) anos, variando de 61 a 100 anos de idade. Dentre as prescrições avaliadas, 100,0% apresentaram erros em alguma informação entre os grupos de variáveis descritas pelo Protocolo de Segurança do Paciente. Foi observado que, apesar da existência do protocolo de padronização das prescrições digitadas no HUAC, a informação mais ausente evidenciada foi o registro de atendimento ao serviço (número de prontuário) (44,0%), seguida do nome completo do prescritor, que esteve abreviado ou ausente em 25,0% das prescrições. Os resultados referentes às informações dos 146 medicamentos dispensados contidos nas 20 prescrições foram avaliados, totalizando uma quantia de 334 informações omitidas ou não informadas corretamente, caracterizando erros de prescrição. Este estudo infere que as prescrições medicamentosas provenientes do HUAC apresentam inconformidades com o Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. Nesta pesquisa todas as prescrições mostraram em alguma das variáveis analisadas, há presença de erros. É necessário que a prescrição seja vista como um documento terapêutico de comunicação entre profissionais, que garantam a segurança do paciente pelo uso racional de medicamentos, e consequentemente melhora do estado de saúde do paciente diminuindo o tempo de internação, causando diminuição dos gastos públicos.