A sociedade atual demanda de uma educação mais inclusiva, pois o número de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem aumentando ao longo dos anos, com isso é preciso lutar por uma escola mais heterogênea e mais justa, para que o ensino consiga atender a todos os estudantes, proporcionando a igualdade e respeitando as diferenças. Diante do exposto, este artigo tem como foco averiguar a partir de uma concepção teórica comparativa, quais as possibilidades e desafios enfrentados pelos professores de Geografia ao lidar com estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Diante da complexidade do objeto, a pesquisa foi de cunho qualitativo, que se deu a partir da busca em plataformas de pesquisa nacionais, sendo selecionados teses, dissertações e artigos científicos com as seguintes palavras-chave: Educação Inclusiva, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Ensino de Geografia. Para o desenvolvimento da análise, foi elaborado um quadro comparativo sobre as dificuldades enfrentadas pelos docentes, as potencialidades das crianças e metodologias abordadas e o preparo do professor no que se refere à inclusão no ensino da Geografia. Após a leitura reflexiva das pesquisas escolhidas, inferimos que os trabalhos indicam que o processo de inclusão no ambiente escolar, com relação às crianças no espectro do autismo, ainda continua tímida. Nos achados das análises, pode-se identificar que os docentes analisados enfrentam alta carga de trabalhos nos ambientes escolares, com baixa formação inicial e continuada com relação aos conteúdos relacionados à inclusão. Além disso, foi apontado que há poucas informações e conhecimento do corpo escolar sobre o PEI (Plano Educacional Individualizado). Contudo, apesar dessas adversidades, alguns conteúdos formais, por exemplo do ensino da Geografia, podem contribuir para o desenvolvimento das habilidades de decodificação de significados dos estudantes com deficiência.