O Programa Tempo de Aprender é uma política pública que objetiva melhorar a qualidade da alfabetização em escolas públicas do país por meio de ações pedagógicas e acompanhamento das aprendizagens dos alunos. O trabalho é desenvolvido por Assistentes de Alfabetização, sujeitos que são selecionados em análise curricular pelas Secretarias de Educação da cidade. Tais agentes, pós-selecionados, devem apoiar o(a) professor(a) em turmas do 1º ao 5º ano, ajudando no processo de alfabetização de crianças que ainda não dominam os símbolos gráficos de leitura e escrita. É papel do assistente de educação participar do planejamento com a equipe de professores e coordenadores da escola, cumprir carga horária, controlar a frequência dos alunos e acompanhar o desenvolvimento da turma que auxilia. Também tem por tarefa, elaborar relatórios com as atividades e conteúdos ministrados durante todos os meses trabalhados em sala de aula, para que estas sejam analisadas e validadas pelo coordenador ou diretor da escola. O programa foi lançado em 18/02/2020 pelo Ministério da Educação. O presente texto traz uma análise sobre ele, do ponto de vista dos sujeitos que o realizam, em uma cidade situada ao sul do Estado do Ceará. Trata-se de uma pesquisa de campo, discute inicialmente a concepção de alfabetização que o Programa Tempo de Aprender dissemina. Analisa as condições de execução da proposta no âmbito escolar: facilidades e dificuldades de implementação da política, e, por fim, os impactos que causa nos anos iniciais do ensino fundamental. Como instrumento de coleta de dados a pesquisa utilizou-se da experiência das autoras com o citado programa e de entrevistas a partir de questionários semiestruturados. Como resultados, pode-se afirmar que o tempo de aprender traz bons resultados para as escolas que o adotam, mas, precisa ser aperfeiçoado, principalmente no que concerne ao papel desenvolvido pelos assistentes de aprendizagem.