Este texto se propõe a problematizar a formação docente. Em conexão com uma pesquisa de doutorado, que se ocupa com seus modos de constituição, coloca o problema da formação em termos de pensamento. Nesse exercício, levar a formação até o limite do que ela pode produzir implica em desafiar a ideia de um processo ancorado na noção de futuro, sustentado por um modelo normativo de sua realização. Trata-se de um processo formativo enquanto movimento, na imanência, sempre produção de algo novo, em um tornar-se docente. Um tornar-se, em Nietzsche, que interroga e experimenta formações em processualidades, com as forças que atuam tramando subjetividades. Docência que, ao se exercer, afirma e se afirma, cria e inventa a todo momento. A proposta escapa à análise de uma única forma de interpretação, abre-se à interpretações múltiplas; afirma uma formação como existência e resistência, não como forma invariável. Traz exercícios de experimentação em um fabu(r)lar com o que se deu junto às vidas que atravessaram o caminho da pesquisa. O que está em jogo são as relações de poder, os jogos de força na luta contra o ideal de educação, de formação, de vida. Nesse cenário, um corpo-professora-pesquisadora experimenta outros possíveis com o exercício das docências em suas múltiplas facetas. Pura variação de formas! Um constituir-se docente entre processos de dessubjetivação, enquanto produção de si e de mundos. Potência do Falso!